A região íntima feminina exige cuidados diários que vão muito além da higiene básica ou da escolha das roupas adequadas. Segundo a ginecologista Dra. Mariana Rodrigues, a hidratação da vulva é uma das etapas mais importantes para preservar a saúde e o bem-estar íntimo.
A seguir, saiba por que e como fazer a hidratação da região íntima:
Por que hidratar a região íntima?
A vulva – parte externa dos órgãos genitais femininos – é bastante sensível a alterações de pH e de umidade. Quando está devidamente hidratada, ajuda a prevenir infecções e mantém a pele saudável. Mas a falta de hidratação pode trazer uma série de problemas: irritações, coceiras, vermelhidão, inflamações, sensação de queimação e até dor durante a relação sexual.
Além disso, o ressecamento aumenta o risco de doenças como candidíase e vaginose bacteriana. “A vulva possui um pH delicado e equilibrado. A falta de hidratação pode alterar esse equilíbrio, levando a um aumento do pH e proporcionando um ambiente ideal para o crescimento de bactérias nocivas”, explica a ginecologista.
Cinco passos para manter a saúde íntima
Para prevenir os efeitos negativos do ressecamento, a Dra. Mariana indica medidas simples que podem ser incorporadas à rotina:
- Use produtos suaves – Prefira itens específicos para a higiene íntima, sem fragrâncias ou agentes agressivos. Sabonetes comuns devem ser evitados.
- Faça a limpeza correta – Lave com água morna e movimentos delicados, sempre de frente para trás, evitando transferir bactérias do ânus para a vulva.
- Invista em hidratantes íntimos – Existem produtos formulados para reter a umidade da vulva e aliviar desconfortos.
- Beba bastante água – A hidratação corporal reflete diretamente na saúde da pele, incluindo a região íntima.
- Opte por roupas adequadas – Calcinhas de algodão e peças mais soltas permitem a respiração da pele, enquanto roupas apertadas e sintéticas podem causar abafamento.
Óleos naturais: podem ser usados?
Além dos hidratantes industrializados, é possível recorrer a óleos naturais, como óleo de coco, azeite de oliva extravirgem e óleo de jojoba. Porém, a ginecologista alerta: a pureza e a qualidade devem ser garantidas antes do uso.
“Apesar de ser aconselhável o uso, deve ser usado com moderação, pois o excesso de óleo pode causar um ambiente excessivamente úmido e desequilibrado”, explica.
Atenção aos sinais do corpo
Cada organismo reage de uma forma. Por isso, qualquer sintoma persistente deve ser avaliado por um médico. “Lembrando que cada pessoa é única, é importante prestar atenção aos sinais do seu próprio corpo. Se você tiver preocupações persistentes, é sempre recomendável consultar um profissional de saúde para obter orientação adequada”, reforça Mariana.
