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Silicone pode causar câncer? Especialista em cirurgia plástica esclarece dúvidas

Implante e explante mamário estão entre os procedimentos mais realizados no Brasil

Implante e explante mamário estão entre os procedimentos mais realizados no Brasil
Silicone pode causar câncer, no entanto, riscos são pequenos - Shutterstock

Será que colocar uma prótese de silicone pode causar câncer Essa é uma dúvida recorrente entre as pessoas que pretendem realizar algum tipo de cirurgia plástica. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), os procedimentos que visam o aumento dos seios correspondem à 15,8% de todas as operações estéticas. No entanto, nota-se também um crescimento recente da procura por cirurgias de remoção de silicone – chamadas de explantes mamários.

De acordo com a Dra.Tatiana Moura, médica graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), existem três motivos principais que aumentaram as buscas pelo explante mamário. São eles: mudança de padrões estéticos, síndrome autoimune e risco de desenvolver câncer.

Para a especialista, os riscos relacionados ao aparecimento de doença autoimune e tumores em pessoas que possuem prótese de silicone realmente existem. No entanto, além desses problemas serem raros, a maioria deles não tem ligação comprovada com o procedimento cirúrgico e, muitas vezes, está relacionada à outras condições pré-existentes. Nesse sentido, motivos genéticos e estilo de vida também aparecem como causas potenciais.

Prótese de silicone pode causar câncer no sistema linfático

Os riscos de câncer estão relacionados ao aparecimento de um linfoma anaplásico de células gigantes. De acordo com a Dra. Moura, o tumor é raro. "Uma em cada 500 mil mulheres com próteses o desenvolvem e os índices de cura são superiores a 90% só com o explante da prótese e da cápsula, sem necessidade de outra terapia", conta.

Por isso, as pessoas que possuem silicone podem ficar tranquilas. O único cuidado é manter o acompanhamento médico constante, para monitorar a saúde de perto. “Não há nenhum dado até o momento que justifique qualquer mudança de postura ou intranquilidade por parte das pacientes portadoras de implantes mamários, sejam elas oriundas de cirurgias estéticas ou reparadoras. Devem essas pacientes apenas de seguir com a realização de exame clínico mamário, exames de imagem regulares e serem alertadas de que esta é uma condição muito rara, sobre a qual seu cirurgião a monitorará", explica a médica.

Síndrome ASIA (Doença do Silicone)

Outro motivo que aumentou a procura pela retirada das próteses mamárias é um pacote de problemas autoimunes que podem ter relação com o silicone. "Os sintomas são fadiga, dor muscular e articular, boca seca, comuns a muitas síndromes. O que há em comum é o fato de acometer pessoas geneticamente predispostas e seus estímulos servirem de gatilho para o aumento da inflamação causadora dos sintomas. E a faixa etária que apresenta tais sintomas coincide com a que mais procura próteses", explica a Dra. Moura.

Segundo a especialista, a relação entre as próteses de silicone e o desenvolvimento da síndrome ASIA são estudas há aproximadamente 40 anos. E, até agora, não houve nenhum indício concreto de que os implantes podem causar o problema. "Vale lembrar que é muito rara, sendo o risco de desenvolver doenças do tecido conjuntivo, após implantes, em apenas 0,8%, número muito próximo ao da população em geral", indica a cirurgiã.

Novos estilos e quebra de padrões estéticos

Por fim, vale lembrar que o mundo e a sociedade estão em constante evolução. Com os conceitos de beleza e estética não é diferente. "Muitas pacientes com próteses maiores passaram a trocar por próteses menores ou até a optar por ficar sem. Ocorre que alguém que colocou prótese aos 25 anos não chegue aos 50 anos com o mesmo desejo de volume e formato, por exemplo. Soma-se a isso o enaltecimento da autoaceitação e a fuga de padrões de beleza", revela a médica.

Lembretes importantes

Tendo em vista todos esses fatores, de acordo com a Dra. Moura, os pacientes que pretendem realizar cirurgias de implantes e explantes mamários devem ficar atentos aos seguintes pontos:

  • Doenças relacionadas a implantes de silicone são extremamente raras, mas existem;
  • Ter prótese de mama é uma escolha, portanto, pode-se voltar atrás;
  • A realização do explante resulta em redução do volume mamário e na retirada de pele, por consequência;
  • Sintomas da síndrome ASIA podem não sumir após o explante, se tiverem outras origens;
  • Não há consenso sobre a volta de linfoma em pacientes que recolocaram prótese após o tratamento, sendo essa uma decisão da paciente e de seu médico.

ONG Orientavida

ONG Orientavida vem promovendo a campanha Pense Rosa, que ajuda mulheres que estão na fila de espera do SUS (Sistema Único de Saúde) a realizarem mamografias. A cada 12 pulseiras vendidas no site da ONG, a venda é revertida em um combo de diagnóstico de câncer de mama. Até agosto deste ano, 11 mil mamografias foram realizadas. A meta da ONG Orientavida é atingir 15 mil até dezembro de 2021. Participe!

Fonte: Dra. Tatiana Moura, médica graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Mestrado em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina da USP. Médica Colaboradora voluntária na equipe de Cirurgia Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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