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Candidíase de repetição: ginecologista esclarece os principais mitos sobre a infecção

Caracterizada por inflamação, secreção e coceira, a candidíase de repetição é bastante comum durante a fase reprodutiva. Entenda a condição

Caracterizada por inflamação, secreção e coceira, a candidíase de repetição é bastante comum durante a fase reprodutiva. Entenda a condição
Candidíase de repetição: ginecologista esclarece os principais mitos sobre a infecção - Shutterstock

A candidíase é uma infecção cercada de tabus, o que gera constrangimento e, muitas vezes, dúvidas nas mulheres. Ela é causada pelo fungo candida albicans e causa secreção e inflamação na região genital, levando a episódios de coceira e desconforto. 

Já a candidíase de repetição é caracterizada pela ocorrência de quatro ou mais episódios de candidíase no ano, o que é comum acontecer. Durante a fase reprodutiva, a condição atinge 5% das mulheres.

De acordo com a ginecologista, obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí, Dra. Flávia do Vale, esses fungos se encontram naturalmente na flora vaginal e intestinal. Na ocorrência de algum desequilíbrio do organismo, eles se proliferam.

A médica enumerou e esclareceu as cinco dúvidas sobre a candidíase que mais chegam em seu consultório. Confira:

  1. A candidíase de repetição volta pelo menos quatro vezes ao ano

“O diagnóstico da candidíase deve ser realizado através de exame físico realizado pelo ginecologista e, para ser considerada recorrente, costuma ter essa característica”, explica a Dra Flávia.

  1. É sexualmente transmissível

A ginecologista revela que a candidíase não se origina por contato sexual, mas sim por desordens orgânicas, como problemas na flora bacteriana ou carência de vitaminas, por exemplo. Portanto, nada tem a ver com infecções sexualmente transmissíveis. “Claro que é sempre importante se prevenir com o uso de preservativo a fim de evitar a propagação também de doenças sexualmente transmissíveis”, adverte a médica.

Flávia explica que na maioria dos casos, a candidíase se resolve com um tratamento simples, seja tópico (aplicado na vagina na forma óvulos ou cremes vaginais antifúngicos) ou oral (com dose única ou múltipla).

  1. É necessário o tratamento do parceiro sexual

A candidíase geralmente não é adquirida por meio de relações sexuais, logo, não é necessário o tratamento de parceiros sexuais. Entretanto, uma minoria de parceiros sexuais masculinos apresentam sintomas como coceira, vermelhidão ou irritação do pênis. Esses homens podem recorrer ao tratamento com agentes antifúngicos para aliviar os sintomas.

  1. Estresse gera candidíase

Na maioria dos casos, a razão disso não é conhecida. A médica explica que  algumas mulheres parecem mais propensas do que o normal a desenvolver candidíase. No entanto, mulheres com alto nível de açúcar no sangue (devido ao diabetes mal controlado) ou com sistema imunológico enfraquecido podem ter maior probabilidade de desenvolver aftas recorrentes. Por outro lado, o estresse pode alterar os níveis de cortisol e influências no sistema imunológico e nos níveis de glicose no sangue, o que pode explicar essa relação.

  1. Usar banheiro público ou roupa molhada pode causar candidíase

Conforme a ginecologista, situações que alteram a acidez vaginal ou o equilíbrio dos microrganismos que habitam naturalmente a vagina podem aumentar a chance de desenvolver candidíase. 

A médica exemplifica:

  • Uso de antibióticos que desequilibram a flora vaginal;
  • Uso de dispositivos contraceptivos como DIU ou pílula com doses mais altas de estrogênio;
  • Diabetes (o que aumenta a concentração vaginal de açúcar e consequentemente seu ph);
  • Gravidez;
  • Sistema imunológico enfraquecido (devido à quimioterapia, HIV ou certos medicamentos).

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