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Faustão furou fila do transplante? Entenda como funciona a lista de espera

Apresentador passou por transplante de coração apenas 22 dias após ser internado com insuficiência cardíaca

Faustão furou fila do transplante? Entenda como funciona a lista de espera - Foto: Reprodução Instagram (@faustosilvaofcial)

O apresentador Fausto Silva passou por um transplante cardíaco no último domingo (27) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele foi internado no dia 5 de agosto com um quadro grave de insuficiência cardíaca, e precisou do novo órgão para sobreviver.

O Hospital do Coração (Hcor) esclareceu em nota que a gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tamanho corporal do paciente influencia no tempo de espera pelo órgão. “Em casos menos graves, a espera por um transplante cardíaco pode ser de 12 a 18 meses, em média. Em casos mais graves, esse período pode diminuir para de dois a três meses”, diz trecho do comunicado.

Faustão furou a fila?

No entanto, Faustão foi submetido ao transplante mais rápido do que o previsto inicialmente. O fato chamou a atenção de internautas, que passaram a acusá-lo de furar a fila. O Ministério da Saúde rebateu a acusação em nota, afirmando que “pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”.

Em São Paulo, o tempo de espera médio para um transplante de coração do grupo sanguíneo B (tipo de Faustão) é, oficialmente, de 1 a 3 meses em média. O tempo, no entanto, pode ser menor em casos de urgência, como aconteceu com o apresentador. Portanto, vale destacar que ele não furou a fila do transplante.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, haviam 12 pacientes que atendiam aos requisitos para receber o coração. Desses, quatro estavam priorizados, e Faustão ocupava a segunda posição nessa lista. Ainda segundo a pasta, o primeiro paciente teria recusado o órgão.

O que torna alguém prioridade para transplante?

Existem diversos critérios para definir um caso prioritário na fila de transplantes cardíacos do SUS, como a gravidade do caso, tipo sanguíneo, peso, altura, localização e compatibilidade genética, por exemplo.

De acordo com o  Pós PhD em neurociências, especialista em genômica e responsável pelo Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a genética pode ajudar a entender a gravidade do caso.

“Nossa genética diz tudo sobre nós. Por isso, entendê-la pode ajudar a compreender melhor a complexidade de cada caso, predisposição genética a doenças cardíacas e cardiovasculares, além de indicar compatibilidades genéticas com o novo órgão. Isso pode ser usado como critério para definir quadros mais prioritários”, explica.

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