Câncer

Alimentação no tratamento contra o câncer; entenda como ela ajuda

Segundo especialistas, durante a quimioterapia o paciente fica com a imunidade mais baixa e precisa ter atenção nos alimentos

É necessária uma alimentação equilibrada para restabelecer o organismo, além de hidratação - Shutterstock

Existem diversas dietas, desde a intermitente a cetogênica e os nutricionistas e nutrólogos tendem a não recomendar, um vez que o organismo precisa de todos os grupos alimentares, ou seja, a restrição pode atrapalhar o funcionamento do corpo. 

Outro ponto é como a alimentação influencia no tratamento contra o câncer. A Dra. Cristiane Mendes, oncologista relata que a gordura em excesso no corpo causa uma espécie de inflamação crônica que aumenta a produção de substâncias no organismo, lesionam células e alteram o DNA. “A obesidade e o sedentarismo são um dos principais fatores que influenciam no surgimento dos mais diversos cânceres”.

As ‘dietas da moda’, em muitos casos, podem sobrecarregar órgãos e influenciar também no aparecimento dos tumores. “Dietas restritivas não são recomendadas, porque não se sabe os impactos a longo prazo, explica a Dra. Cristiane. 

Para quem está passando por tratamento quimioterápico, as dúvidas surgem a cada instante, comenta a nutricionista Priscila Po Yee Cheung, do CPO Oncoclínicas. “Em geral, as orientações em relação à alimentação saudável são as mesmas das pessoas que não estão passando por tratamento. A carne vermelha na forma de embutidos, devem ser particularmente evitados para quem passa por tratamento, mas vale lembrar que também não são recomendados para a população em geral".

A lactose e o glúten devem ser evitados por quem tem, de fato, condições como intolerância à lactose e doença celíaca, respectivamente. Fora essa situação específica de saúde, todavia, não há motivos para cortar o consumo e, diferente do que muitos acreditam, não é fato que esses alimentos provocam  ‘inchaços’, como muitos "acreditam”, explica. "Cada indivíduo é avaliado individualmente, em relação a seus hábitos de consumo e sintomas apresentados durante o tratamento", destaca a nutricionista.

Após a quimioterapia, o paciente precisa seguir uma dieta balanceada, segundo a especialista. “Muitas pessoas inclusive mudam seus hábitos quando precisam encarar o tratamento do câncer.  As famosas dietas, em geral, não levam em consideração os aspectos individuais, além de buscarem muito mais uma perda de peso do que uma melhora na saúde”, alerta Priscila. 

Imunidade e alimentos cancerígenos

Durante o tratamento oncológico, a possibilidade de queda de imunidade é grande e o paciente fica mais vulnerável a ter infecções. É necessária uma alimentação equilibrada para restabelecer o organismo, além de hidratação.  

“É importante dar preferência para os alimentos leves no dia do tratamento e de mais fácil digestão, para prevenir, desconfortos, como vômitos, sensação de empachamento e alteração no intestino. Sabemos que o excesso de consumo de alimentos como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer".

"Os conservantes e o excesso de sódio estão relacionados a alterações nas células do intestino e estômago, o que pode estar relacionado ao surgimento de lesões também”, afirma Cristiane. 

Em 2021, foi apresentado um resultado de estudo na ASCO, o maior Congresso Americano de Oncologia do mundo, que aponta uma relação ainda mais estreita entre o excesso de consumo de carne vermelha e as mutações celulares causadoras de neoplasia de intestino, segundo Cristiane.

“O ideal é que o paciente realize uma avaliação antes, durante e após o tratamento. Apoiamos adequações na alimentação no sentido de melhorar qualidade e a variedade dela. O ideal é combinar sempre dieta equilibrada entre fontes de proteína, carboidrato e gordura”, avalia. 

Comorbidades e nutrição

Conforme a oncologista destaca, algumas medicações alteram o equilíbrio do metabolismo e esse bloqueio hormonal pode provocar descalcificação óssea, o que aumenta o risco de osteopenia e osteoporose. Outras drogas e a própria desnutrição podem alterar o funcionamento das glândulas.

“Por esse motivo a tendência é indicar uma dieta que forneça fonte de vitaminas, sais minerais e calorias suficientes para a pessoa manter o metabolismo adequado. Alimentação e atividade física é algo que a gente sempre orienta para controle de peso e controle de comorbidade quando o paciente tem. Para paciente hipertenso, por exemplo, manter a dieta com a quantidade adequada de sal”, recomenda. 

Para o paciente diabético, uma dieta com carboidrato mais controlado e menos açúcar na alimentação é indicada. 

“Na rotina, encorajamos o paciente a cuidar da alimentação e fazer atividade física para melhorar a tolerância ao tratamento, recuperar a imunidade. É fundamental cuidar das doenças preexistentes, como hipertensão e diabetes

O ideal é que esses hábitos saudáveis permaneçam por toda vida, porque eles também diminuem as chances da doença voltar.  É importante ressaltar que abandonar vícios como cigarro e álcool, também fazem parte das orientações”, conclui.

Consultorias: Cristiane Mendes, oncologista do InORP Oncoclínicas e Priscila Po Yee Cheung, nutricionista do CPO.  

Existem diversas dietas, desde a intermitente a cetogênica e os nutricionistas e nutrólogos tendem a não recomendar, um vez que o organismo precisa de todos os grupos alimentares, ou seja, a restrição pode atrapalhar o funcionamento do corpo. 

Outro ponto é como a alimentação influencia no tratamento contra o câncer. A Dra. Cristiane Mendes, oncologista relata que a gordura em excesso no corpo causa uma espécie de inflamação crônica que aumenta a produção de substâncias no organismo, lesionam células e alteram o DNA. “A obesidade e o sedentarismo são um dos principais fatores que influenciam no surgimento dos mais diversos cânceres”.

As ‘dietas da moda’, em muitos casos, podem sobrecarregar órgãos e influenciar também no aparecimento dos tumores. “Dietas restritivas não são recomendadas, porque não se sabe os impactos a longo prazo, explica a Dra. Cristiane. 

Para quem está passando por tratamento quimioterápico, as dúvidas surgem a cada instante, comenta a nutricionista Priscila Po Yee Cheung, do CPO Oncoclínicas. “Em geral, as orientações em relação à alimentação saudável são as mesmas das pessoas que não estão passando por tratamento. A carne vermelha na forma de embutidos, devem ser particularmente evitados para quem passa por tratamento, mas vale lembrar que também não são recomendados para a população em geral".

A lactose e o glúten devem ser evitados por quem tem, de fato, condições como intolerância à lactose e doença celíaca, respectivamente. Fora essa situação específica de saúde, todavia, não há motivos para cortar o consumo e, diferente do que muitos acreditam, não é fato que esses alimentos provocam  ‘inchaços’, como muitos "acreditam”, explica. "Cada indivíduo é avaliado individualmente, em relação a seus hábitos de consumo e sintomas apresentados durante o tratamento", destaca a nutricionista.

Após a quimioterapia, o paciente precisa seguir uma dieta balanceada, segundo a especialista. “Muitas pessoas inclusive mudam seus hábitos quando precisam encarar o tratamento do câncer.  As famosas dietas, em geral, não levam em consideração os aspectos individuais, além de buscarem muito mais uma perda de peso do que uma melhora na saúde”, alerta Priscila. 

Imunidade e alimentos cancerígenos

Durante o tratamento oncológico, a possibilidade de queda de imunidade é grande e o paciente fica mais vulnerável a ter infecções. É necessária uma alimentação equilibrada para restabelecer o organismo, além de hidratação.  

“É importante dar preferência para os alimentos leves no dia do tratamento e de mais fácil digestão, para prevenir, desconfortos, como vômitos, sensação de empachamento e alteração no intestino. Sabemos que o excesso de consumo de alimentos como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer".

"Os conservantes e o excesso de sódio estão relacionados a alterações nas células do intestino e estômago, o que pode estar relacionado ao surgimento de lesões também”, afirma Cristiane. 

Em 2021, foi apresentado um resultado de estudo na ASCO, o maior Congresso Americano de Oncologia do mundo, que aponta uma relação ainda mais estreita entre o excesso de consumo de carne vermelha e as mutações celulares causadoras de neoplasia de intestino, segundo Cristiane.

“O ideal é que o paciente realize uma avaliação antes, durante e após o tratamento. Apoiamos adequações na alimentação no sentido de melhorar qualidade e a variedade dela. O ideal é combinar sempre dieta equilibrada entre fontes de proteína, carboidrato e gordura”, avalia. 

Comorbidades e nutrição

Conforme a oncologista destaca, algumas medicações alteram o equilíbrio do metabolismo e esse bloqueio hormonal pode provocar descalcificação óssea, o que aumenta o risco de osteopenia e osteoporose. Outras drogas e a própria desnutrição podem alterar o funcionamento das glândulas.

“Por esse motivo a tendência é indicar uma dieta que forneça fonte de vitaminas, sais minerais e calorias suficientes para a pessoa manter o metabolismo adequado. Alimentação e atividade física é algo que a gente sempre orienta para controle de peso e controle de comorbidade quando o paciente tem. Para paciente hipertenso, por exemplo, manter a dieta com a quantidade adequada de sal”, recomenda. 

Para o paciente diabético, uma dieta com carboidrato mais controlado e menos açúcar na alimentação é indicada. 

“Na rotina, encorajamos o paciente a cuidar da alimentação e fazer atividade física para melhorar a tolerância ao tratamento, recuperar a imunidade. É fundamental cuidar das doenças preexistentes, como hipertensão e diabetes

O ideal é que esses hábitos saudáveis permaneçam por toda vida, porque eles também diminuem as chances da doença voltar.  É importante ressaltar que abandonar vícios como cigarro e álcool, também fazem parte das orientações”, conclui.

Consultorias: Cristiane Mendes, oncologista do InORP Oncoclínicas e Priscila Po Yee Cheung, nutricionista do CPO.  

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