O cantor gospel Sérgio Lopes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e está internado no Rio de Janeiro desde segunda-feira, 27. De acordo com a esposa do cantor, ele está com um distúrbio na fala e perdeu os movimentos do braço e da perna direita. A equipe do artista confirmou o diagnóstico nas redes sociais e diz que o quadro requer cuidados, impedindo que Lopes cumpra sua agenda de shows.
O neurologista e neurocirurgião do Hospital Albert Einstein, Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, explica que o AVC isquêmico, ou AVCH, é o do tipo hemorrágico. “Ele geralmente acomete adultos acima de 65 anos, mas também pode acometer pacientes jovens ou até mesmo adolescentes. O paciente geralmente apresenta as manifestações de alteração de força, alteração da fala ou eventualmente alterações em algum exame clínico ou neurológico”, esclarece o médico.
Qual o risco do AVC isquêmico
O AVC comum pode ter várias causas: aterosclerose, distúrbios de coagulação do sangue, alterações no colesterol e triglicérides, como explica o Dr. Wanderley. No caso do AVC isquêmico, soma-se ainda a diabetes, hipertensão e a ocorrência de alguma inflamação nos vasos do cérebro. Inicialmente, o paciente pode ter dor de cabeça, alteração do nível de consciência, perda da força nos braços ou pernas (ou em todo o corpo) e, eventualmente, desvios da face.
O quadro hemorrágico é o mais grave do acidente vascular cerebral. O neurologista destaca a importância de levar o paciente ao pronto-socorro logo nos primeiros sinais, já que as três ou quatro primeiras horas são fundamentais para evitar sequelas. Além disso, o atendimento de urgência permite a realização de exames complementares rápidos que podem melhorar o diagnóstico e tratamento.
O médico destaca ainda que, no caso do AVC isquêmico, é importante fazer a hidratação do paciente, afastar os fatores de risco, e também aplicar uma medicação que torne o sangue mais fluido. Então é possível realizar um prognóstico. “Como é uma patologia que surge, geralmente, da meia idade para frente, tem que tratar para não ter sequelas ou danos e o paciente voltar uma vida ativa, social, profissional e familiar normal”, enfatiza o neurocirurgião. De acordo com ele, dois terços dos pacientes se recuperam sem sequelas, mas é importante descobrir as causas.
