Câncer

Câncer de garganta: dor e tosse podem indicar surgimento da doença

Especialista alerta para sintomas do câncer de garganta, que tem alta chance de cura se diagnosticado cedo

Câncer de garganta: dor e tosse podem indicar surgimento da doença - Shutterstock

O câncer de garganta atinge principalmente homens acima de 40 anos e é um dos tipos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que a doença pode se desenvolver na laringe ou na faringe, podendo apresentar pouco ou nenhum sintoma em seu estágio inicial, o que é motivo de alerta.

“Alguns tumores na região da garganta podem se desenvolver muito rápido. Por isso, requerem muita atenção. Ao perceber qualquer alteração incomum por mais de duas semanas, é necessário buscar um otorrinolaringologista. Quando o diagnóstico é feito ainda em estágio inicial, a chance de cura pode ser em torno de 90%”, explica.

Sintomas

Conforme o especialista, dores de garganta e tosses frequentes não devem ser negligenciadas, pois podem ser sinais de alerta à doença e indicam a necessidade de uma visita ao médico para a realização de exames.

“A presença de sangue, dificuldades para engolir ou respirar, alterações na voz sem causa aparente, ruídos ao respirar e inchaços ou aparecimento de nódulos no pescoço podem ser indícios de uma doença já em estágio considerado grave. Por isso, não se deve esperar tanto para buscar um especialista”, alerta o Dr. Alexandre.

Segundo o Inca, os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta, principalmente durante a deglutição, sugere tumor supraglótico (acima das cordas vocais, o que representa ⅓ dos casos). Já a rouquidão indica tumor glótico ou subglótico (geralmente na corda vocal, representa ⅔ dos casos).

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de garganta é realizado através de uma biópsia. No entanto, por meio da videolaringoscopia, é possível identificar lesões sugestivas da doença e definir quando é necessária a realização de uma biópsia. 

O exame é realizado por otorrinolaringologistas, possibilitando a obtenção de importantes informações sobre a anatomia da laringe e faringe. De acordo com o Dr. Alexandre, os exames endoscópicos são simples e duram poucos minutos. “A realização acontece com os pacientes acordados, podendo ser utilizado anestésico em spray local para a sua realização”, explica.

Já para a biópsia na região da laringe, dependendo da localização e do aspecto da lesão, pode ser necessária a aplicação de anestesia geral, em centro cirúrgico. O tempo para o resultado da biópsia pode levar alguns dias.

Tratamento

De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia, além de quimioterapia associada à radioterapia. O Inca reforça que, quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, já que a os cânceres da laringe podem afetar a respiração, fala e deglutição.

A retirada da laringe (laringectomia total) é uma forma de tratar a doença. Contudo, o procedimento implica na perda da voz e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). Como a preservação da voz é importante na qualidade de vida do paciente, geralmente a radioterapia é a primeira opção para o tratamento. A cirurgia se torna uma alternativa quando a radioterapia não é mais capaz de controlar o tumor.

Já a associação de quimioterapia e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, criados para tumores mais avançados, o que tem mostrado resultados positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.

O Inca ressalta que mesmo pacientes submetidos à laringectomia total podem utilizar próteses fonatórias tráqueo-esofageanas, aquelas que podem reproduzir a nossa voz. O aparelho garante bons resultados funcionais e qualidade de vida.

Fontes: Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz, do Hospital Paulista; e Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O câncer de garganta atinge principalmente homens acima de 40 anos e é um dos tipos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica que a doença pode se desenvolver na laringe ou na faringe, podendo apresentar pouco ou nenhum sintoma em seu estágio inicial, o que é motivo de alerta.

“Alguns tumores na região da garganta podem se desenvolver muito rápido. Por isso, requerem muita atenção. Ao perceber qualquer alteração incomum por mais de duas semanas, é necessário buscar um otorrinolaringologista. Quando o diagnóstico é feito ainda em estágio inicial, a chance de cura pode ser em torno de 90%”, explica.

Sintomas

Conforme o especialista, dores de garganta e tosses frequentes não devem ser negligenciadas, pois podem ser sinais de alerta à doença e indicam a necessidade de uma visita ao médico para a realização de exames.

“A presença de sangue, dificuldades para engolir ou respirar, alterações na voz sem causa aparente, ruídos ao respirar e inchaços ou aparecimento de nódulos no pescoço podem ser indícios de uma doença já em estágio considerado grave. Por isso, não se deve esperar tanto para buscar um especialista”, alerta o Dr. Alexandre.

Segundo o Inca, os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta, principalmente durante a deglutição, sugere tumor supraglótico (acima das cordas vocais, o que representa ⅓ dos casos). Já a rouquidão indica tumor glótico ou subglótico (geralmente na corda vocal, representa ⅔ dos casos).

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de garganta é realizado através de uma biópsia. No entanto, por meio da videolaringoscopia, é possível identificar lesões sugestivas da doença e definir quando é necessária a realização de uma biópsia. 

O exame é realizado por otorrinolaringologistas, possibilitando a obtenção de importantes informações sobre a anatomia da laringe e faringe. De acordo com o Dr. Alexandre, os exames endoscópicos são simples e duram poucos minutos. “A realização acontece com os pacientes acordados, podendo ser utilizado anestésico em spray local para a sua realização”, explica.

Já para a biópsia na região da laringe, dependendo da localização e do aspecto da lesão, pode ser necessária a aplicação de anestesia geral, em centro cirúrgico. O tempo para o resultado da biópsia pode levar alguns dias.

Tratamento

De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia, além de quimioterapia associada à radioterapia. O Inca reforça que, quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, já que a os cânceres da laringe podem afetar a respiração, fala e deglutição.

A retirada da laringe (laringectomia total) é uma forma de tratar a doença. Contudo, o procedimento implica na perda da voz e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). Como a preservação da voz é importante na qualidade de vida do paciente, geralmente a radioterapia é a primeira opção para o tratamento. A cirurgia se torna uma alternativa quando a radioterapia não é mais capaz de controlar o tumor.

Já a associação de quimioterapia e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, criados para tumores mais avançados, o que tem mostrado resultados positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.

O Inca ressalta que mesmo pacientes submetidos à laringectomia total podem utilizar próteses fonatórias tráqueo-esofageanas, aquelas que podem reproduzir a nossa voz. O aparelho garante bons resultados funcionais e qualidade de vida.

Fontes: Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz, do Hospital Paulista; e Instituto Nacional de Câncer (Inca).

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