Câncer

Carnaval na pandemia: entenda os verdadeiros riscos

Infectologistas explicam como as celebrações podem impactar cenário atual e se existe maneira segura de aproveitar o carnaval na pandemia

Carnaval na pandemia é arriscado - Shutterstock

O carnaval na pandemia, principalmente no estágio atual da Covid-19 no Brasil, é um tema que divide opiniões. Com o surgimento da variante Ômicron no início do ano, houve uma gigantesca explosão de novos casos da doença. Algo que fez o país superar a média de 180 mil diagnósticos diários – a maior desde o início da pandemia. No entanto, graças à boa cobertura vacinal, o número de mortes, felizmente, não acompanhou esse crescimento.

Mas, vale ressaltar que a média de mortes diárias, em aproximadamente um mês, saltou da casa dos 100 para os 800 óbitos. Apesar de estar longe dos piores dias da pandemia no Brasil, onde esse número já superou a marca de 3 mil casos fatais por dia, ainda assim é uma taxa de mortalidade preocupante e triste.

É fato também que essa nova onda, agora, começa a dar sinais de enfraquecimento. O número de novos casos já entrou em declínio e a tendência é que ocorra o mesmo com a mortalidade. Por isso, o tema carnaval na pandemia ganhou força nos últimos dias. Mas, será que já dá para aproveitar a data com segurança

A maioria dos estados brasileiros adiou ou impôs regras restritivas para o carnaval na pandemia. E, de acordo com a infectologista, Dra. Luciana Campos, a decisão está correta. “Medidas como estas contribuem significativamente para que não se repita o que aconteceu nas festas de final de ano, por exemplo, quando o país enfrentou um novo surto de Covid juntamente com uma explosão de casos de gripe, pressionando consideravelmente as redes pública e privada de saúde”, destacou a especialista.

Segundo a médica, o carnaval na pandemia deveria ser, na verdade, uma temporada de descanso para as pessoas. Afinal, ainda é muito cedo para liberar festas, aglomerações e celebrações mais intensas, como as que a data, tradicionalmente, costuma proporcionar.

Especula-se que o carnaval na pandemia, com bloquinhos e desfiles, talvez, não provocasse um impacto forte o suficiente para gerar outra onda de Covid-19. No entanto, o evento poderia atrasar o fim da pandemia, aumentando o número de novos casos, lotando os hospitais e, consequentemente, elevando a taxa de mortalidade da doença.

“Tem cientistas que afirmam que a variante Ômicron veio a dar o pontapé final para o mundo controlar a pandemia. Mas, na minha visão, arriscar em liberar tudo como era antes nestes momentos seria uma opção muito arriscada”, ressalta o também infectologista, Dr. Cesar Carranza.

Por isso, é fundamental ter responsabilidade nesse momento e parcimônia para aproveitar o carnaval na pandemia. Além disso, vale destacar o papel crucial da vacinação. “A boa cobertura vacinal refletiu em um reduzido número de internações em meio a uma explosão de casos. Hoje, o que sabemos é que a vacina é a melhor escolha que temos para nos protegermos e proteger também as pessoas que amamos”, finaliza a Dra. Campos.

Fontes: Dra. Luciana Campos, médica infectologista do Grupo Sabin e Dr. César Carranza, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília.

O carnaval na pandemia, principalmente no estágio atual da Covid-19 no Brasil, é um tema que divide opiniões. Com o surgimento da variante Ômicron no início do ano, houve uma gigantesca explosão de novos casos da doença. Algo que fez o país superar a média de 180 mil diagnósticos diários – a maior desde o início da pandemia. No entanto, graças à boa cobertura vacinal, o número de mortes, felizmente, não acompanhou esse crescimento.

Mas, vale ressaltar que a média de mortes diárias, em aproximadamente um mês, saltou da casa dos 100 para os 800 óbitos. Apesar de estar longe dos piores dias da pandemia no Brasil, onde esse número já superou a marca de 3 mil casos fatais por dia, ainda assim é uma taxa de mortalidade preocupante e triste.

É fato também que essa nova onda, agora, começa a dar sinais de enfraquecimento. O número de novos casos já entrou em declínio e a tendência é que ocorra o mesmo com a mortalidade. Por isso, o tema carnaval na pandemia ganhou força nos últimos dias. Mas, será que já dá para aproveitar a data com segurança

A maioria dos estados brasileiros adiou ou impôs regras restritivas para o carnaval na pandemia. E, de acordo com a infectologista, Dra. Luciana Campos, a decisão está correta. “Medidas como estas contribuem significativamente para que não se repita o que aconteceu nas festas de final de ano, por exemplo, quando o país enfrentou um novo surto de Covid juntamente com uma explosão de casos de gripe, pressionando consideravelmente as redes pública e privada de saúde”, destacou a especialista.

Segundo a médica, o carnaval na pandemia deveria ser, na verdade, uma temporada de descanso para as pessoas. Afinal, ainda é muito cedo para liberar festas, aglomerações e celebrações mais intensas, como as que a data, tradicionalmente, costuma proporcionar.

Especula-se que o carnaval na pandemia, com bloquinhos e desfiles, talvez, não provocasse um impacto forte o suficiente para gerar outra onda de Covid-19. No entanto, o evento poderia atrasar o fim da pandemia, aumentando o número de novos casos, lotando os hospitais e, consequentemente, elevando a taxa de mortalidade da doença.

“Tem cientistas que afirmam que a variante Ômicron veio a dar o pontapé final para o mundo controlar a pandemia. Mas, na minha visão, arriscar em liberar tudo como era antes nestes momentos seria uma opção muito arriscada”, ressalta o também infectologista, Dr. Cesar Carranza.

Por isso, é fundamental ter responsabilidade nesse momento e parcimônia para aproveitar o carnaval na pandemia. Além disso, vale destacar o papel crucial da vacinação. “A boa cobertura vacinal refletiu em um reduzido número de internações em meio a uma explosão de casos. Hoje, o que sabemos é que a vacina é a melhor escolha que temos para nos protegermos e proteger também as pessoas que amamos”, finaliza a Dra. Campos.

Fontes: Dra. Luciana Campos, médica infectologista do Grupo Sabin e Dr. César Carranza, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília.

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