Câncer

Miastenia Gravis: o que é, principais causas e tratamento

Doença rara provoca fraqueza da musculatura e pode impedir a realização de tarefas simples

Atividade física pode ser aliada do tratamento em casos controlados - Shutterstock

A Miastenia Gravis é uma doença autoimune que provoca sintomas como enfraquecimento muscular, pálpebras caídas, dificuldade para enxergar e fadiga extrema. De acordo com a Abrami (Associação Brasileira de Miastenia), isso acontece devido à um ataque equivocado do sistema imunológico na junção do nervo com o músculo, que antes era saudável.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge apenas 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Costuma acometer mais as mulheres entre 30 e 60 anos, mas também pode se manifestar em homens e pessoas mais jovens. Apesar de não ter cura, a doença é tratada com medicamentos à base de corticoides e imunossupressores.

“Cerca de 10% dos miastênicos podem ser tratados somente com medicamentos que combatem apenas os sintomas da doença, como fraqueza muscular, fadiga extrema, entre outros”, conta o Dr. Eduardo Estephan, especialista em Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas (FMUSP), do Hospital Santa Marcelina e diretor científico da Abrami.

Para pacientes em tratamento, que não se encontram mais em estado de crise, a atividade física é uma das melhores saídas para atenuar os sintomas e retardar o enfraquecimento muscular. “É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional competente, de preferência que tenha conhecimentos sobre a doença para aumentar a carga e a intensidade devagar, para nunca induzir à exaustão do paciente”, afirma o médico.

Estephan também pontua que, pouco tempo atrás, os exercícios físicos não eram vistos com bons olhos para o tratamento de pacientes miastênicos. “Essa instrução, aliás, fazia parte do tratamento: quanto mais repouso o paciente fizesse, melhor ele ficava”, lembra. Porém, segundo o especialista, uma série de estudos recentes comprovaram que a inclusão de atividades físicas na rotina pode ajudar as pessoas a ganhar mais funcionalidade em tarefas que necessitam de esforço.

“É claro que para poder indicar atividade física, o paciente precisa estar compensado. Lembrando sempre que quem toma essa decisão é o médico neurologista, que acompanha o paciente”, alerta Estephan.

Como foi dito, a Miastenia Gravis não tem cura, mas o tratamento correto é capaz de inibir todos os sintomas e controlar a doença. Praticar exercícios físicos com regularidade, é importante para que os sintomas continuem adormecidos e a doença não volte a atacar. Pessoas que apresentam os sintomas descritos, como forte fraqueza e exaustão constantes, devem procurar um médico para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. 

Foi o caso do instrumentador cirúrgico e motorista de aplicativo Josadac Vasconcelos Marques, 37 anos, de Manaus, no Amazonas. Ele sempre foi um praticante ativo de corrida e sonhava disputar uma maratona. Porém, um forte cansaço começou a atrapalhar a rotina dele. Josadac procurou ajuda médica e foi diagnosticado com Miastenia Gravis. 

“Até receber o diagnóstico eu acreditava que aquele cansaço constante era do trabalho como motorista”, recorda-se. “Algumas vezes, puxar o freio de mão com as duas mãos era difícil. A fraqueza nos braços era uma constante ao final do dia. Isso sem contar a diplopia (visão dupla), que era frequente e foi o principal sintoma que me levou ao neurologista, que deu o diagnóstico”, conta Josadac.

No entanto, o tratamento permitiu que ele continuasse treinando e evoluindo. Até que, após muito esforço e superação, conseguiu realizar seu sonho e completar uma maratona. “Tive vontade de desistir, pois foi uma prova de muita resistência, mas vendo as pessoas me incentivarem, meu pai me inspirando a cada quilômetro alcançado, e revendo o que já havia passado para chegar até ali, tudo isso me fortaleceu para completar a prova”, recorda-se.

Ele afirma que tem momentos de altos e baixos, dias que a fadiga o impede de fazer atividades do cotidiano. Mas como a atividade física é constante em sua vida, ele logo se recupera. O instrumentador também tem algumas dicas para quem quer seguir os passos dele. “Comece devagar, dê atenção às respostas do seu corpo e jamais treine até a exaustão. Assim, você saberá que no dia seguinte estará bem para recomeçar. E se não tiver, espere melhorar para só então retomar.”

A Miastenia Gravis é uma doença autoimune que provoca sintomas como enfraquecimento muscular, pálpebras caídas, dificuldade para enxergar e fadiga extrema. De acordo com a Abrami (Associação Brasileira de Miastenia), isso acontece devido à um ataque equivocado do sistema imunológico na junção do nervo com o músculo, que antes era saudável.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge apenas 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Costuma acometer mais as mulheres entre 30 e 60 anos, mas também pode se manifestar em homens e pessoas mais jovens. Apesar de não ter cura, a doença é tratada com medicamentos à base de corticoides e imunossupressores.

“Cerca de 10% dos miastênicos podem ser tratados somente com medicamentos que combatem apenas os sintomas da doença, como fraqueza muscular, fadiga extrema, entre outros”, conta o Dr. Eduardo Estephan, especialista em Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas (FMUSP), do Hospital Santa Marcelina e diretor científico da Abrami.

Para pacientes em tratamento, que não se encontram mais em estado de crise, a atividade física é uma das melhores saídas para atenuar os sintomas e retardar o enfraquecimento muscular. “É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional competente, de preferência que tenha conhecimentos sobre a doença para aumentar a carga e a intensidade devagar, para nunca induzir à exaustão do paciente”, afirma o médico.

Estephan também pontua que, pouco tempo atrás, os exercícios físicos não eram vistos com bons olhos para o tratamento de pacientes miastênicos. “Essa instrução, aliás, fazia parte do tratamento: quanto mais repouso o paciente fizesse, melhor ele ficava”, lembra. Porém, segundo o especialista, uma série de estudos recentes comprovaram que a inclusão de atividades físicas na rotina pode ajudar as pessoas a ganhar mais funcionalidade em tarefas que necessitam de esforço.

“É claro que para poder indicar atividade física, o paciente precisa estar compensado. Lembrando sempre que quem toma essa decisão é o médico neurologista, que acompanha o paciente”, alerta Estephan.

Como foi dito, a Miastenia Gravis não tem cura, mas o tratamento correto é capaz de inibir todos os sintomas e controlar a doença. Praticar exercícios físicos com regularidade, é importante para que os sintomas continuem adormecidos e a doença não volte a atacar. Pessoas que apresentam os sintomas descritos, como forte fraqueza e exaustão constantes, devem procurar um médico para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. 

Foi o caso do instrumentador cirúrgico e motorista de aplicativo Josadac Vasconcelos Marques, 37 anos, de Manaus, no Amazonas. Ele sempre foi um praticante ativo de corrida e sonhava disputar uma maratona. Porém, um forte cansaço começou a atrapalhar a rotina dele. Josadac procurou ajuda médica e foi diagnosticado com Miastenia Gravis. 

“Até receber o diagnóstico eu acreditava que aquele cansaço constante era do trabalho como motorista”, recorda-se. “Algumas vezes, puxar o freio de mão com as duas mãos era difícil. A fraqueza nos braços era uma constante ao final do dia. Isso sem contar a diplopia (visão dupla), que era frequente e foi o principal sintoma que me levou ao neurologista, que deu o diagnóstico”, conta Josadac.

No entanto, o tratamento permitiu que ele continuasse treinando e evoluindo. Até que, após muito esforço e superação, conseguiu realizar seu sonho e completar uma maratona. “Tive vontade de desistir, pois foi uma prova de muita resistência, mas vendo as pessoas me incentivarem, meu pai me inspirando a cada quilômetro alcançado, e revendo o que já havia passado para chegar até ali, tudo isso me fortaleceu para completar a prova”, recorda-se.

Ele afirma que tem momentos de altos e baixos, dias que a fadiga o impede de fazer atividades do cotidiano. Mas como a atividade física é constante em sua vida, ele logo se recupera. O instrumentador também tem algumas dicas para quem quer seguir os passos dele. “Comece devagar, dê atenção às respostas do seu corpo e jamais treine até a exaustão. Assim, você saberá que no dia seguinte estará bem para recomeçar. E se não tiver, espere melhorar para só então retomar.”

Você também vai gostar

Doenças

A Doença de Lyme é uma infecção com consequências cardíacas, neurológicas e articulares. Especialistas explicam contágio e tratamento

Emagrecer

Frequentemente utilizado para auxiliar o processo de emagrecimento, uso inadequado do chá verde pode ser perigoso

Doenças

A apresentadora e ex-BBB atrelou a ansiedade, estresse e baixa imunidade com o aparecimento da doença. Entenda o que é a herpes zoster

Alimentação

Estudo mostra que substância presente na banana, o amido resistente, reduz os casos de tumores provocados pela síndrome de Lynch