Medicamentos

UFMG cria vacina contra cocaína e crack; entenda efeito do imunizante

Vacina criada por pesquisadores da UFMG combate a dependência química e ganhou prêmio de 500 mil euros

UFMG cria vacina contra cocaína e crack; entenda efeito do imunizante - Foto: Shutterstock

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram uma vacina contra a dependência química em cocaína e crack. Chamado de Calixcoca, o imunizante induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam às drogas na corrente sanguínea. Essa ligação transforma as substâncias em uma molécula grande, que não passam pela barreira hematoencefálica, impedindo, assim, seu efeito.

A pesquisa inicialmente tinha financiamento dos governos federal e de Minas Gerais e de verbas de emendas parlamentares. Mas, recentemente, a iniciativa venceu o Prêmio Euro Inovação na Saúde, organizado pela multinacional farmacêutica Eurofarma, que atua em mais de 20 países. Com isso, a equipe conquistou 500 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhões) para continuar desenvolvendo o trabalho.

O coordenador da pesquisa, professor Frederico Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, agradeceu à sociedade brasileira que apoiou a campanha. “Desenvolver ciência na América Latina não é fácil. A UFMG é, hoje, uma universidade que está fazendo a diferença. Só temos a agradecer o apoio da nossa reitora [Sandra Regina Goulart Almeida] e do nosso pró-reitor de Pesquisa [Fernando Reis]”, celebrou.

Objetivo da vacina

O desenvolvimento da Calixcoca começou em 2015, e o principal objetivo da vacina é impedir a dependência e “recaída” dos pacientes em tratamento, isto é, “dando mais tempo para reconstruírem sua vida sem a droga”, segundo Garcia. 

O projeto já passou por etapas pré-clínicas, em que a equipe constatou a segurança e eficácia para tratamento da dependência de crack e cocaína e prevenção de consequências obstétricas e fetais da exposição às drogas durante a gravidez em animais.

Em seu discurso, o Frederico ressaltou o compromisso com os pacientes que sofrem com a dependência química. “Sabemos como é difícil ter uma pessoa dependente em casa, como é sofrido para um acometido pela dependência ter que lidar com a ambivalência de usar ou não droga e como é ainda mais difícil para uma gestante dependente proteger seu feto e lidar com a dor da abstinência. Temos a missão de cuidar dessas questões”, finalizou.

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