Câncer

Obesidade pode diminuir as chances de engravidar; entenda

Médico explica a importância de um estilo de vida saudável para mulheres que querem ter filhos

Alimentação saudável contribui para a fertilidade - Shutterstock

A obesidade e o sobrepeso podem atrapalhar a gravidez de algumas mulheres. Não é novidade para quase ninguém que acumular muita gordura corporal prejudica a saúde em todos os níveis. Quadros mais graves podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo complicações cardiovasculares. Além disso, a condição também pode atrapalhar a qualidade de vida de algumas pessoas, interferindo, inclusive, na fertilidade – feminina e masculina.

"A obesidade, por promover aumento da insulina circulante no corpo, gera um processo inflamatório que deixa as células resistentes à insulina e fazem com que o sangue fique com uma hiperinsulinemia. Esse processo aumenta a produção de andrógenos no ovário e, quando a paciente é obesa, ela tem uma conversão desses andrógenos em hormônios femininos, que quando aumentados impedem que exista uma ovulação adequada", conta Sérgio Barrichello, CEO da Healthme e médico endoscopista bariátrico.

Atualmente, o ganho de peso excessivo é um dos grandes problemas do Brasil e do mundo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um quarto dos brasileiros adultos são obesos, sendo que mais de 60% das pessoas do país estão acima do peso ideal. Isso é consequência de hábitos sedentários e da baixa qualidade alimentar. Fatores que não param de crescer e ainda foram impulsionados pela pandemia.

“Dados – tanto oficiais, quanto observacionais – mostram que as pessoas, ao invés de melhorarem o seu consumo alimentar, passaram a comer muito pior. Nós observamos na nossa clínica, pessoas aumentando grandes quantidades de peso e transformando-se em obesas ao longo da pandemia”, conta a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Mulheres obesas podem engravidar

É comum que algumas mulheres acima do peso fiquem receosas se vão conseguir engravidar. E não existe uma regra afirmativa sobre a impossibilidade de gestação em pacientes obesas. Porém, as chances são consideravelmente menores e os riscos também podem aumentar. Segundo o Dr. Barrichello, o mais recomendado, nesse caso, é apostar em uma dieta mais balanceada e na prática de esportes.

"Estudos apontam que exercícios físicos moderados ajudam muito na questão ovulatória e do ambiente metabólico. Outro fator importante é a alimentação. A partir do momento que você evita farinha branca, açúcar refinado e industrializados, por exemplo, além de emagrecer, você evita um processo inflamatório que atrapalha a ovulação e a preparação do ambiente uterino para receber o óvulo fecundado”, explica o médico.

Segundo o especialista, o eixo hormonal também pode ser desiquilibrado pela obesidade e necessita, portanto, de um estilo de vida mais saudável para ser corrigido. “Outra questão importante são as alterações hormonais que a insulina causa pela resistência periférica, alterando o nível de cortizol e atrapalhando todo o processo. Para diminuir é necessário manter a ansiedade sob controle, com meditações e terapias, por exemplo", completa.

Outro ponto importante para ser lembrado é que, mulheres que já estão grávidas, muitas vezes se sentem liberadas para comer mais do que precisam. E esse é outro fator que pode comprometer a saúde. "Ouvimos dizer que grávidas devem comer em dobro, porque estão comendo por duas pessoas, mas é fundamental ter em mente que a nutrição deve ser feita de forma balanceada. Não se trata apenas da quantidade, mas principalmente da qualidade", conta o Dr. Gustavo Feil, médico nutrologista.

A obesidade e o sobrepeso podem atrapalhar a gravidez de algumas mulheres. Não é novidade para quase ninguém que acumular muita gordura corporal prejudica a saúde em todos os níveis. Quadros mais graves podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo complicações cardiovasculares. Além disso, a condição também pode atrapalhar a qualidade de vida de algumas pessoas, interferindo, inclusive, na fertilidade – feminina e masculina.

"A obesidade, por promover aumento da insulina circulante no corpo, gera um processo inflamatório que deixa as células resistentes à insulina e fazem com que o sangue fique com uma hiperinsulinemia. Esse processo aumenta a produção de andrógenos no ovário e, quando a paciente é obesa, ela tem uma conversão desses andrógenos em hormônios femininos, que quando aumentados impedem que exista uma ovulação adequada", conta Sérgio Barrichello, CEO da Healthme e médico endoscopista bariátrico.

Atualmente, o ganho de peso excessivo é um dos grandes problemas do Brasil e do mundo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um quarto dos brasileiros adultos são obesos, sendo que mais de 60% das pessoas do país estão acima do peso ideal. Isso é consequência de hábitos sedentários e da baixa qualidade alimentar. Fatores que não param de crescer e ainda foram impulsionados pela pandemia.

“Dados – tanto oficiais, quanto observacionais – mostram que as pessoas, ao invés de melhorarem o seu consumo alimentar, passaram a comer muito pior. Nós observamos na nossa clínica, pessoas aumentando grandes quantidades de peso e transformando-se em obesas ao longo da pandemia”, conta a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Mulheres obesas podem engravidar

É comum que algumas mulheres acima do peso fiquem receosas se vão conseguir engravidar. E não existe uma regra afirmativa sobre a impossibilidade de gestação em pacientes obesas. Porém, as chances são consideravelmente menores e os riscos também podem aumentar. Segundo o Dr. Barrichello, o mais recomendado, nesse caso, é apostar em uma dieta mais balanceada e na prática de esportes.

"Estudos apontam que exercícios físicos moderados ajudam muito na questão ovulatória e do ambiente metabólico. Outro fator importante é a alimentação. A partir do momento que você evita farinha branca, açúcar refinado e industrializados, por exemplo, além de emagrecer, você evita um processo inflamatório que atrapalha a ovulação e a preparação do ambiente uterino para receber o óvulo fecundado”, explica o médico.

Segundo o especialista, o eixo hormonal também pode ser desiquilibrado pela obesidade e necessita, portanto, de um estilo de vida mais saudável para ser corrigido. “Outra questão importante são as alterações hormonais que a insulina causa pela resistência periférica, alterando o nível de cortizol e atrapalhando todo o processo. Para diminuir é necessário manter a ansiedade sob controle, com meditações e terapias, por exemplo", completa.

Outro ponto importante para ser lembrado é que, mulheres que já estão grávidas, muitas vezes se sentem liberadas para comer mais do que precisam. E esse é outro fator que pode comprometer a saúde. "Ouvimos dizer que grávidas devem comer em dobro, porque estão comendo por duas pessoas, mas é fundamental ter em mente que a nutrição deve ser feita de forma balanceada. Não se trata apenas da quantidade, mas principalmente da qualidade", conta o Dr. Gustavo Feil, médico nutrologista.

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