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Parkinson: neurologista explica doença degenerativa

O neurocirurgião do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or, Dr. Wanderley Cerqueira, esclarece a Doença de Parkinson, que atinge jornalista Renata Caputti

O neurocirurgião do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or, Dr. Wanderley Cerqueira, esclarece a Doença de Parkinson, que atinge jornalista Renata Caputti
Jornalista Renata Caputti foi diagnosticada com Parkinson - Reprodução Instagram / @renatacapucciofficial

A jornalista Renata Capucci revelou que foi diagnosticada com Parkinson aos 45 anos. Agora, com 49 anos, a profissional da Rede Globo conta que se surpreendeu com o diagnóstico. Seu primeiro sintoma foi mancar sem explicação, o segundo foi o enrijecimento de um dos braços.

O neurologista e neurocirurgião do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or, Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, explica que o Parkinson é uma doença neurodegenerativa e de evolução progressiva que ataca o sistema nervoso central.

“Sua causa é indefinida, embora fatores genéticos e ambientais podem ser determinantes como remédios para o tratamento de distúrbios psíquicos (principalmente o remédio Aldol), agrotóxicos e outras substâncias químicas”, explica o médico.

Conforme o profissional, a doença acomete mais os homens do que as mulheres e, geralmente, surge após os 50 anos de idade, mas também pode surgir em outras faixas etárias. Quando ocorre entre os 40 e 50 anos, como no caso de Renata, é chamado Parkinson precoce.

Sintomas

“Eu comecei a mancar e as pessoas falavam para mim: ‘Por que você está mancando, Renata’. E eu falava: ‘Eu não estou mancando’. Eu não percebia que estava mancando. Aí fui fazer fisioterapia, osteopatia e a coisa não mudou. E aí em um dado momento, (…) estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido. E o meu marido que é médico, me levou para um hospital que tinha emergência neurológica e fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça”, relatou Renata no podcast do programa Fantástico, da Rede Globo.

Os alertas dados pelo corpo da jornalista estão entre os sintomas mais comuns, como aponta o Dr. Wanderley:

  • Tremores
  • Rigidez muscular
  • Diminuição dos movimentos
  • Alterações da postura e do equilíbrio

De acordo com o médico, há ainda os sintomas não motores:

  • Disfunções autonômicas (hipotensão postural, sintomas gastrointestinais, constipação, problemas urinários, disfunção sexual)
  • Psicose
  • Apatia, depressão, ansiedade e outros transtornos do humor
  • Distúrbios do sono

O neurologista explica que o paciente apresenta manifestações motoras e não-motoras e a demência pode surgir em 5 ou mais anos após o início dos sintomas. Ele adverte para a importância de estar sempre alerta:

“No caso da jornalista Renata Caputti, ela cita que não percebia que estava mancando e depois o marido percebeu seu braço rígido. Isso pode acontecer, e é, especialmente, importante ficar atento a qualquer situação diferente nas manifestações de tremores, e rigidez no corpo”, destaca.

O diagnóstico é clínico, feito com base no histórico do paciente e também no exame neurológico, como a ressonância magnética do encéfalo.

Tratamento

O Dr. Wanderley revela que, como não há cura para o Parkinson, o tratamento é feito à base de medicamentos que buscam reduzir a progressão da doença. “O tratamento é individualizado e usa-se a droga levodopa em todas as fases da doença. Outros tratamentos incluem antidepressivos e medicamentos para constipação intestinal”, elucida o médico. 

O profissional destaca ainda a importância da fisioterapia e fonoaudiologia, além de terapia ocupacional e do suporte psicológico e apoio familiar. 

“Quando os pacientes apresentam tremores que não respondem aos medicamentos, ou têm intolerância aos mesmos, o tratamento neurocirúrgico é realizado com o implante de eletrodo cerebral profundo, conectado a um marca-passo”, comenta. Contudo, pacientes com demência e depressão grave não podem implantar o eletrodo.

Como aponta o Dr. Wanderley, o prognóstico da doença de Parkinson é progressivo e não há prevenção. “Atualmente existem pesquisas promissoras para a doença e é sempre uma esperança para todos nós”, declara.

Estima-se que 1% da população mundial tenha o diagnóstico. Só no Brasil, cerca de 200 mil pessoas sofrem com o problema.

Fonte: Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, neurologista e neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein e da Rede D’Or.

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