Câncer

Secador de unhas com luz UV aumenta risco de câncer de pele, sugere estudo

Cabine de luz usada para secar unhas de gel leva à morte celular, causando alterações associadas ao câncer de pele

Secador de unhas com luz UV aumenta risco de câncer de pele, sugere estudo - Foto: Shutterstock

A esmaltação em gel se tornou uma febre por conta do acabamento e praticidade. No entanto, a utilização do secador com luz UV, comum no procedimento, representa um risco à saúde. Isso porque, de acordo com um estudo recente publicado na Revista Nature, a radiação emitida por estes aparelhos pode levar à morte celular, desencadeando alterações moleculares relacionadas ao câncer de pele.

A pesquisa revelou que a exposição de células da pele humana e de camundongos à luz UVA por 20 minutos resultou na morte de 20% a 30% das células. Três sessões consecutivas de mesma duração resultaram na morte de 65% a 70% das células. As células que sobreviveram, porém, tiveram danos e sofreram mutações semelhantes às observadas no câncer de pele.

O chefe do serviço de Dermatologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP-RJ), Eduardo Falcão, ressalta que qualquer parte do corpo exposta à radiação UV de forma irresponsável irá apresentar fotoenvelhecimento, manchas e, em alguns casos, câncer. 

“Como o equipamento em questão não é de uso médico, não é possível saber o período ou forma de uso seguro. Além disso, é importante dizer que as pessoas ao redor podem ser atingidas, pois a radiação pode refletir”, alerta o especialista. 

Eduardo Falcão salienta que na medicina são utilizadas cabines de luz para tratamento de algumas doenças. Porém, nestes equipamentos é possível ajustar não só a dose de radiação, como o tempo adequado para o tratamento indicado.

Câncer de pele

O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e no mundo, principalmente em pessoas acima de 40 anos, aponta o Ministério da Saúde. O causado principalmente pela exposição excessiva ao sol. 

“O estresse oxidativo causado pela radiação UV tem efeito cumulativo e, ao longo do tempo, isso vai contribuindo para a alteração do DNA das células da pele e desenvolvimento do câncer”, afirma a Dra. Ana Carolina Sumam, dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Existem duas classificações para o câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O não melanoma é o tipo mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país. 

Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas do câncer de pele são:

  • Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram; 
  • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; 
  • Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

O câncer de pele tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Portanto, ao perceber qualquer sintoma ou sinal, é importante procurar um profissional da saúde o mais rápido possível confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

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