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Trombose: sintomas e tratamento

Com a pandemia, descobriu-se que a Covid-19 também é um fator de risco para a trombose

Com a pandemia, descobriu-se que a Covid-19 também é um fator de risco para a trombose
A Covid-19 também é um fator de risco para a trombose - Shutterstock

Imagine a cena: você está na cozinha preparando o almoço. De repente, algo chama a sua atenção momentaneamente e você corta o dedo com a faca. Depois de alguns minutos, percebe que conseguiu estancar o sangramento. Aí, faz um curativo e problema resolvido! 

Mas você sabe de que forma o seu corpo trabalhou para que fosse possível interromper o sangramento O organismo é dotado de um sistema de coagulação, no qual as plaquetas formam um trombo (coágulo) no local do ferimento para impedir que o sangue continue escorrendo. 

Depois de um tempo, o comum é que esse trombo se dissolva e a circulação volte ao normal. E tudo seria perfeito se não fosse um pequeno detalhe: às vezes, alguns distúrbios são capazes de formar um coágulo em locais que não têm sangramento - e é exatamente aí que as complicações aparecem.

Mas, afinal, o que é a trombose 

De acordo com o neurologista Felipe Augusto, “a trombose é o processo de coagulação do sangue dentro de um vaso sanguíneo ou dentro do coração, formando trombos. Pode ser arterial (ocorrer em uma artéria, vaso que leva sangue aos órgãos) ou venosa (ocorrer em uma veia, vaso que retira sangue dos órgãos)”. 

Geralmente, a doença atinge os membros inferiores e, devido à sua estrutura sólida e amolecida, um pedaço do coágulo pode se soltar e seguir o trajeto da circulação, causando problemas como a embolia pulmonar.

Para definir qual o tipo da trombose (venosa ou arterial) é preciso descobrir sua origem, ou o que a desencadeou. Dentre os fatores que podem favorecer esse problema estão questões genéticas e estilo de vida, como tabagismo e obesidade, uso de anticoncepcional oral e, agora também, a Covid-19.

“A Covid também dá muita trombose, porque é uma doença que causa uma inflamação na parede do vaso. A chance da pessoa ter trombose com covid é enorme”, ressalta Bruno de Lima Naves, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) 

Mais de um tipo

Como já foi dito, a trombose pode ser dividida em duas vertentes: a venosa e a arterial. Apesar de ambas serem causadas por um coágulo de sangue que bloqueia um vaso sanguíneo completa ou parcialmente, existem diferenças entre as doenças. 

Venosa: de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 90% dos casos desse problema aparecem por causa da formação de um coágulo de sangue na veia da perna. Além disso, infecções graves, traumatismo, fase final da gestação e qualquer situação que obrigue a uma imobilização prolongada podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Arterial: ao contrário do caso anterior, a trombose que afeta as artérias é mais perigosa, uma vez que seu tratamento, muitas vezes, só é possível com cirurgia convencional ou endovascular. Ela é responsável por causar falta de irrigação sanguínea nos tecidos do corpo e, com isso, surgem sintomas específicos, como dor intensa, pele branca e mão gelada.

O grupo de risco para a doença é composto por idosos, fumantes e diabéticos, sendo que pessoas sedentárias também têm maiores chances de sofrer com o problema, já que os exercícios físicos ajudam na prevenção.

Uma das grandes complicações desse tipo é que, na maioria das vezes, ele é assintomático, dificultando o diagnóstico. Mas não é preciso desespero, pois pode ser tratado com substâncias que impedem a formação do coágulo e a evolução da trombose.

Tratamento 

É possível apostar em medicamentos específicos que diminuem a viscosidade do sangue e dissolvem o coágulo (mas eles só podem ser usados depois de uma avaliação médica e com consentimento profissional). 

“Normalmente, a maior parte das tromboses se resolvem com um anticoagulante . Em alguns casos, mais sérios, a gente tem que desentupir esse vaso, passa um catéter para a retirada do trombo. Também existe um medicamento que a gente chama de fibrinolítico, que consegue limpar esse coágulo também. Mas pode ser usado nos casos mais sérios, pois esse medicamento, por exemplo, faz sangrar muito, podendo dar hemorragia. Então, a gente tem que sempre fazer aquela balança na frente: risco e benefício”, finaliza Bruno. 

 

Consultorias: Bruno de Lima Naves, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Felipe Augusto, neurologista

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