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Atividade física: começar após os 60 pode ser quase tão benéfico quanto a prática contínua

Estudo aponta que exercícios físicos também aumentam a expectativa de vida de pessoas idosas

Estudo aponta que exercícios físicos também aumentam a expectativa de vida de pessoas idosas
Exercícios físicos podem aumentar a expectativa de vida - Shutterstock

Aquela frase popular “nunca é tarde para começar” faz todo o sentido. Quando o assunto é atividade física, muitas pessoas têm a falsa impressão de que isso é exclusividade de pessoas jovens. Correr, nadar, andar de bicicleta, fazer academia ou jogar futebol, na verdade, é um direito de todas as pessoas. E algo que pode trazer inúmeros benefícios para a saúde e a qualidade de vida de indivíduos de todas as idades.

É o que aponta um estudo apresentado no último Congresso ESC (European Society of Cardiology) 2021. Os pesquisadores analisaram mais de 30 mil pacientes cardíacos, com média de idade superior aos 60 anos de idade, durante sete anos. Eles foram divididos em grupos ativos e inativos, de acordo com a carga de atividades físicas que realizavam durante a rotina. Os resultados apontaram uma queda significativa do risco de morte nos grupos ativos.

“As definições de ativo e inativo variaram entre os estudos, mas estavam de acordo com as recomendações para pessoas saudáveis: pelo menos 150 minutos por semana de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade vigorosa ou uma combinação”, explica o Dr. Juliano Burckhardt, médico cardiologista, geriatra e nutrólogo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

De acordo com o especialista essa notícia é ótima e reforça a importância do estilo de vida saudável. Seja qual for a sua idade, ainda dá tempo de começar. "Essas descobertas encorajadoras destacam como os pacientes com doença coronariana podem se beneficiar com a preservação ou adoção de um estilo de vida fisicamente ativo", explica.

E os benefícios revelados pelo estudo não se limitam à prevenção de doenças cardiovasculares. “Em comparação com pacientes que permaneceram inativos ao longo do tempo, o risco de morte por todas as causas foi 50% menor naqueles que eram ativos ao longo do tempo, 45% menor naqueles que eram inativos, mas se tornaram ativos, e 20% menor naqueles que eram ativos, mas tornaram-se inativos”, explica o Dr. Burckhardt.

Ou seja, se você for ativo durante toda a vida, inclusive na terceira idade, os riscos de morte precoce caem pela metade. No entanto, se a prática de atividades físicas começar após os 60 anos, esse risco também sofre uma queda de 45%. Já para as pessoas ativas apenas na juventude, que abandonam os exercícios ao envelhecer, a chance de morrer também diminui, mas apenas 20% quando comparada a indivíduos que nunca realizaram atividades físicas.

"Os resultados mostram que continuar um estilo de vida ativo ao longo dos anos está associado à maior longevidade. No entanto, os pacientes com doenças cardíacas podem superar anos anteriores de inatividade e obter benefícios de sobrevivência praticando exercícios mais tarde na vida. Por outro lado, os benefícios da atividade podem ser enfraquecidos ou mesmo perdidos se a atividade não for mantida”, finaliza o cardiologista e geriatra Dr. Burckhardt.

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