Notícias

Câncer no intestino: médico explica o diagnóstico de Simony

Cantora foi diagnosticada com câncer na parte final do intestino, próximo ao ânus. Oncologista esclarece as causas, sintomas e tratamento

Câncer no intestino: médico explica o diagnóstico de Simony / Reprodução Instagram (@simonycantora)

Simony, de 46 anos, foi diagnosticada com câncer no intestino. A cantora divulgou o diagnóstico através de um vídeo em seu Instagram ao lado do médico que está acompanhando o caso, o Dr. Fernando Maluf.

No vídeo, ela contou que descobriu o câncer após passar pelo exame de colonoscopia, e reforçou a importância de incluí-lo nos exames de check-up. Simony também contou que está confiante e animada para começar o tratamento.

Câncer no intestino

O Dr. Fernando Maluf explicou que o câncer de Simony está localizado na parte final do intestino, perto da região do ânus. “Esse é um tumor chamado epidermóide. É um tumor que começou nesta região e tem alguns gânglios. Foi por causa de um desses gânglios na região da virilha, que a Simony percebeu que alguma coisa estava errada”, detalhou.

O Dr. Virgilio Souza, oncologista clínico do A.C.Camargo Cancer Center, esclarece que o câncer do canal anal é um tumor raro, e corresponde a apenas  2% das neoplasias malignas do trato gastrointestinal. No entanto, a incidência do câncer do canal anal vem aumentando 4% ao ano, sendo mais comum em pessoas com idade entre 58 a 62 anos, especialmente do sexo feminino.

De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino abrange os tumores localizados na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e também no ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

Causas, sintomas e tratamento

Conforme o Dr. Virgilio, o câncer do colo anal pode ter diferentes causas, geralmente é uma combinação de fatores ambientais, genéticos e imunológicos. “Uma das causas mais importantes é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), que é conhecido por aumentar o risco de câncer do canal anal em até 10 vezes, e é detectado em 90% dos casos”, afirma. 

A vacinação contra o HPV já é recomendada para a prevenção do câncer cervical, e estudos indicam que até 80% dos cânceres anais também poderiam ser evitados com a imunização. No entanto, para pacientes já diagnósticos com câncer do canal anal a vacinação não se mostrou eficaz. 

O câncer do canal anal apresenta características bastante distintas dos tumores colorretais em sua evolução natural, tratamento e prognóstico, como aponta o médico oncologista. “O sangramento é um dos sinais mais comum ocorrendo em aproximadamente 45% dos pacientes, muitas vezes pode ser falsamente atribuída a doença hemorroidária. Dor e sensação de massa em região pélvica pode estar presente em até 30% dos casos”, aponta. Ele ainda cita outros sintomas como:

  • Incontinência fecal;
  • Fístulas;
  • Tenesmo (vontade intensa de evacuar, mas não conseguir);
  • Alteração no aspecto das fezes;
  • Perda do controle esfincteriano, o que pode surgir em tumores mais avançados. 

Normalmente o diagnóstico é feito por exame proctológico. A colonoscopia é altamente indicada, já que possibilita a prevenção primária (retirar lesões presas na parede do intestino que podem evoluir para um câncer) e a prevenção secundária (diagnóstico precoce, descobrindo a doença em fase inicial, quando há maior chance de cura).

O tratamento é feito com radio e quimioterapia, com taxas de cura em torno de 65 a 90%, sem a necessidade de amputações e perda esfincteriana, como tratamento inicial.

Você também vai gostar

Câncer

Ícone do pagode dos anos 90, Anderson Molejão morreu nesta sexta-feira (26) vítima de um câncer raro na região da virilha

Doenças

Ao falar muito ou gritar, podemos ficar com rouquidão. Porém, ela pode ser sintoma de problemas mais graves de saúde

Alimentação

Ao mesmo tempo que a alimentação pode afastar o risco de câncer, ela também pode favorecer o surgimento da doença

Câncer

O câncer de intestino é o terceiro mais comum no Brasil, e um dos mais letais sem a detecção precoce. Veja como prevenir

Sair da versão mobile