Doenças

Dificuldade para engolir: entenda o que é a disfalgia

A dificuldade para engolir e sensação de que o alimentou “parou” ou “desceu errado” pode apontar para um quadro de disfalgia

Dificuldade para engolir: entenda o que é a disfalgia - Foto: Shutterstock

Você já ingeriu algum alimento ou medicamento e sentiu ele preso na garganta? O episódio é bastante comum, mas em alguns casos pode indicar uma condição séria, que coloca a vida em risco. Estamos falando da disfalgia, conhecida por causar dificuldade para engolir.

Geralmente, o quadro se manifesta através de engasgos (tosse ao engolir), entalo (a sensação de que o bolo alimentar parou no “meio do caminho”) e dor ao engolir, explica o Dr. Eric Pereira, médico gastroenterologista do Hospital & Clínica São Gonçalo.

Tipos de disfalgia

A condição se divide em dois grupos: disfagia de transferência (ou orofaríngea) e a disfagia esofagiana (ou de condução).

“A disfagia orofaríngea ocorre quando há uma dificuldade do alimento ou líquido passar da boca para o esôfago, por vezes seguindo o caminho de forma errada para a via aérea (traqueia e pulmões). Por isso, seu maior risco é o desenvolvimento de pneumonia”, explica Eric. 

Segundo o médico, nesses casos, é comum ter engasgo com tosse e até regurgitação de líquidos pelo nariz. “É mais comum em pacientes com doenças neurológicas, como AVC, Parkinson, esclerose múltipla, Alzheimer. Ou ainda outras causas, como tumor cerebral, tumor na orofaringe, dermatomiosite e medicamentos”, aponta.

Já a disfagia esofagiana (ou de condução) ocorre por dificuldade do que foi engolido percorrer pelo esôfago. O quadro dá a sensação de entalo, dor no peito ou desconforto no tórax. 

“Pode ser gerada por alguma obstrução ou por problemas na peristalse, como tumor, estreitamento, corpo estranho, acalásia (que pode ser por doença de Chagas), esofagite eosinofílica, espasmo esofagiano, doença do refluxo, esôfago em quebra nozes, esclerodermia, anel de Schatzki, entre outros”, diz o médico.

Potencial risco à vida

O gastroenterologista aponta que o grande problema da disfagia é o potencial risco à vida, principalmente nos casos tumorais. Além disso, a condição pode levar a piora na qualidade de vida, desnutrição, impactação alimentar e desenvolvimento de pneumonia.

O tratamento dependerá da causa. “É importante a investigação através da história do paciente, das doenças associadas, do tempo de sintomas e dos sinais de alarme, que são necessários para que se possa solicitar os exames corretos”, diz Eric. 

Conforme o médico, dependendo do caso, é fundamental junto ao gastroenterologista a participação de profissional da fonoaudiologia, neurologia, endoscopia e reumatologista.

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