A jornalista Cristiana Lôbo faleceu na última quinta-feira (11), aos 64 anos de idade, em São Paulo, vítima de um mieloma múltiplo. Segundo informações do G1, ela estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein para o tratamento da doença. No entanto, o câncer foi agravado por uma pneumonia e resultou na morte da colunista de política.
De acordo com a oncologista Dra. Mariana Oliveira, apesar do tumor ser considerado raro, ele é o segundo câncer hematológico mais frequente entre a população mundial. No Brasil, a estimativa é de que a cada ano sejam diagnosticados, aproximadamente, sete mil novos casos da doença.
Principais sintomas do mieloma múltiplo
A médica ainda afirma que esse tumor maligno é mais comum em pessoas acima de 60 anos. Confira os principais sintomas da doença:
- Cansaço;
- Fraqueza;
- Dor óssea;
- Fraturas;
- Infecções;
- Redução do volume da urina.
A Dra. Oliveira ainda ressalta que esses sinais só costumam aparecer quando o mieloma já se encontra em um estágio mais avançado. Além disso, os sintomas são facilmente confundidos com o envelhecimento natural. “O diagnóstico, por conta disso, acaba sendo feito após complicações mais severas, como fraturas nos ossos, surgimento de infecções, anemia e perda da função renal", explica.
Prevenção e detecção precoce
A ciência ainda não descobriu as causas e um modo concreto para a prevenção do mieloma múltiplo. No entanto, existem evidências seguras de que manter um estilo de vida saudável, com a prática de atividades físicas e uma boa alimentação, é fundamental para fortalecer o organismo e evitar o desenvolvimento de câncer.
"É fundamental manter uma dieta saudável e o controle de peso, evitando assim a obesidade e possíveis consequências inflamatórias no organismo. Esse é um fato que pode afastar o risco de mieloma múltiplo", explica a oncologista
Por não ter uma causa definida, o diagnóstico no início da doença é imprescindível para que as chances de cura sejam maiores. E a única maneira de verificar a presença de um mieloma múltiplo no organismo, é através da realização de exames clínicos e de um acompanhamento médico periódico.
“Nosso corpo dá sinais quando algo não vai bem e por isso é sempre importante salientar que mudanças que afetam nossa rotina e bem-estar devem ser investigadas. A detecção precoce do câncer é essencial para o sucesso das condutas terapêuticas", reforça a médica.
Tratamento
"A quimioterapia é o tratamento mais comum. Mas, há ainda alternativas com o uso de terapia alvo (medicamentos inibidores que atacam as células doentes diretamente). E a terapia celular, que consiste em usar as próprias células de defesa do paciente, modificadas em laboratório, para reconhecerem o ‘inimigo’ e se tornarem capazes de combaterem esses alvos específicos", finaliza a Dra. Mariana Oliveira.
Fontes: Mariana Oliveira, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo e G1
