Que refluxo existe muitos sabem, mas sua causa e o porquê se manifesta no organismo ainda restam dúvidas. A doença do refluxo gastroesofágico, ou DRGE, pode ser definida como uma afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, provocando desconfortos.
De acordo com o Dr. Felipe Borges, gastrocirurgião da Gastrofig, o refluxo surge devido ao consumo excessivo de alimentos gordurosos ou picantes, cítricos, gaseificados, café, refrigerantes, álcool, refeições volumosas, tabaco, medicamentos e o hábito de se deitar imediatamente após as refeições. Os fatores de alívio mais frequentes são a ingestão de leite e água”, explica o médico.
Outro especialista, o Dr. Rodrigo Barbosa, cirurgião do aparelho digestivo, diz também que esses incômodos podem evoluir de forma aguda, rápida e muito agressiva quando o consumo de álcool e gordura são feitos em cargas muito altas e de uma só vez. Os sinais são fortes, como dores abdominais, queimação no estômago, perda de apetite, náuseas, vômito e febre", alerta o especialista.
“A forma aguda de uma pancreatite, por exemplo, é provocada, essencialmente, pelo excesso de triglicérides no sangue, pelo uso contínuo de algumas medicações e pelo processo de autodigestão com chances de evoluir para quadros gravíssimos”.
O que é necessário fazer para evitar o refluxo
É importante elevar a cabeceira da cama (15cm), moderar a ingestão de alimentos gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, molhos de tomate e chocolate.
Além disso, é necessário manter os cuidados especiais para medicamentos potencialmente “de risco”: anticolinérgicos, alguns antidepressivos, e alguns tipos de anti-hipertensivos; evitar deitar-se nas duas horas após as refeições; evitar refeições volumosas reduzir o peso corporal, ou seja adotar hábitos saudáveis que contribuem para o emagrecimento.
Qual o tratamento para o refluxo
“O tratamento para o refluxo pode ser medicamentoso por meio de agentes pró-cinéticos (domperidona e bromoprida) e inibidores de bomba de próton. Os bloqueadores de hidrogênio atuam na diminuição do ácido gástrico.
Em alguns casos, são necessárias intervenções cirúrgicas que podem ser realizadas em pacientes com sintomas crônicos e que não respondem de maneira satisfatória o tratamento com uso de medicamentos.
Fontes: Felipe Borges, gastrocirurgião da Gastrofig e Dr. Rodrigo Barbosa, cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo hospital Sírio-Libanês-SP.