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Caso Bruno Covas: Entenda o que foi o quadro irreversível na luta contra o câncer

O prefeito da capital paulista estava internado desde 2 de maio e não resistiu

O prefeito da capital paulista estava internado desde 2 de maio e não resistiu
São indicados analgésicos e sedativos para garantir uma evolução que não comprometa tanto o sofrimento do paciente - Reprodução/Instagram Bruno Covas

O prefeito Bruno Covas, de 41 anos, morreu neste domingo, 16 de maio, devido ao câncer inicialmente descoberto no trato digestivo em 2019 e que se espalhou para o fígado e ossos, desde então apresentou complicações durante o longo período de tratamento e não resistiu.

O que é quadro irreversível
Qualquer medida como a cirurgia, remédios, procedimentos em geral, não terá nenhum tipo de resultado. São quadros em que já não adianta os médicos investirem, uma vez que tentara de todas as maneiras e independente do que fizerem, não será revertido.

Normalmente esses pacientes acabam ficando mais graves, então os médicos passam analgésicos e sedativos para garantir uma evolução que não comprometa tanto o sofrimento. É evitado qualquer tipo de sofrimento ou medidas invasivas, que muitas vezes podem até prorrogar a vida, mas que não chegam a lugar nenhum.  

Nessas situações de cuidados paliativos, a família é convocada para definir o nível de cuidado que o paciente receberá. Muitas vezes os médicos podem garantir a parte nutricional, com o objetivo de não deixar a pessoa ir a óbito por desnutrição, mas não há transferência para a UTI ou, por exemplo, se evoluir para uma parada cardíaca, não é feita a reanimação. Segundo os médicos e oncologistas não é retirado o tratamento que está sendo feito e nem acrescentado nada novo.

Os quadros irreversíveis significam que alguma função do organismo não está funcionando e não tem um tratamento possível, mas, também não significa que o paciente está morto.

O óbito só é atestado quando os batimentos cardíacos não tem retorno, mesmo com a realização de manobras. Outra situação de morte é quando o cérebro morre e as outras funções ficam ativas como o coração, pulmão ou rins.

Quando detectam essa condição, ou seja, que o paciente não tem uma resposta e o cérebro morreu, há um protocolo para verificar se é morte encefálica. No momento que o exame comprovar, é possível confirmar o óbito do paciente. Há casos em que, quando o coração para de bater, provoca a morte de todos os outros órgãos.

Na situação de Covas foi diferente, a atividade cerebral estava funcionando, só que o câncer era irreversível.

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