O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira, às 9h, a Campanha de Vacinação Contra a Gripe. A meta é imunizar 79,7 milhões de pessoas e garantir, pelo menos, que nove em cada 10 pessoas do grupo prioritário sejam vacinadas.
Em meio à pandemia de Covid-19, a vacina contra a gripe ganha ainda mais importância. Além de proteger contra os vírus da influenza, a imunização em massa tem o objetivo de diminuir a procura de pacientes por atendimento.
"É importante que dentro da população não surja surtos ou o aumento da incidência de pacientes com gripe que vão provocar uma sobrecarga no sistema de saúde. Então, é importante que a incidência da gripe seja baixa, ainda mais agora que estamos entrando aí no outono/inverno", frisa Guilherme Furtado, líder médico da Infectologia do HCor.
Os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde são:
1ª etapa (12 de abril a 10 de maio)
*Crianças entre 6 meses e menores de 6 anos de idade, gestantes, indígenas, trabalhadores da saúde e puéperas.
2ª etapa (11 de maio a 8 de junho)
*Professores das escolas públicas e privadas, idosos com 60 anos ou mais .
3ª etapa (9 de junho a 19 de julho)
*Pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores do transporte coletivo, caminhoneiros, trabalhadores portuários, forças armadas, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema carcerário, população carcerária e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
Os idosos não farão parte da primeira etapa da vacinação contra a influenza para que não haja conflito com a vacinação contra a Covid-19.
O Ministério da Saúde alerta que deve haver, pelo menos, um intervalo de 14 dias entre a aplicação da vacina contra a gripe a de Covid-19, uma vez que não se conhece o efeito das duas em conjunto.
Além disso, caso você esteja presente no mesmo momento no grupo de vacinação contra a Covid-19 e de gripe, dê prioridade à vacina contra a Covid-19.
Segurança Garantida
Atualmente, são ofertadas dois tipos de vacinas contra a influenza: a trivalente e a tetravalente.
A primeira é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e possui duas cepas do vírus da Influenza A e uma cepa do vírus da Influenza B em sua composição.
Já a tetravalente (ofertada no sistema privado de saúde) carrega em sua composição duas cepas do vírus da Influenza A e duas cepas do vírus da Influenza B (dependem do vírus circulante no ano anterior).
"A vacina da gripe é uma vacina bastante segura, feita de virus inativados, com pouco risco de efeitos adversos. A contraindicação é para bebês com menos de seis meses; pessoas que tiveram choques anifiláticos após doses prévias com a vacina; pacientes que estão com febre devem esperar ela passar para tomar a vacina. Pacientes que têm alergia a ovo também devem ter cuidado. Para eles, essa vacina tem que ser feita em um ambiente adequado que tenha suporte para uma possível reação alérgica mais grave", ressalta Furtado.
Consultoria: Guilherme Furtado, líder médico da Infectologia do HCor.