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AVC

Causas do AVC isquêmico e hemorrágico

Selecionamos 13 fatores de risco que facilitam o aparecimento da doença

Selecionamos 13 fatores de risco que  facilitam o aparecimento da doença
O AVC pode aparecer em qualquer idade, mas os idosos são os mais atingidos - Shutterstock

Segundo o Ministério da Saúde, a cada cinco minutos, uma pessoa morre vítima de acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil. Entre os sobreviventes, aproximadamente 70% dos pacientes não retornam ao trabalho devido às sequelas, e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia  a dia.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro corresponde  a um entupimento súbito de uma artéria do cérebro, e pode ocorrer devido a um coágulo no sangue ou em decorrência de placas de gordura. “Nos casos de AVC isquêmico, existe a possibilidade de utilizar um medicamento (trombolítico), com o intuito de desobstruir os vasos. Este medicamento pode ser administrado em até 4h30 a partir do início dos sintomas”, aponta o neurologista Salomón Soriano Ordinola Rojas.

O hemorrágico, por outro lado, consiste  no rompimento da artéria, o que causa uma hemorragia cerebral. Assim como o isquêmico, ele também precisa de cuidados, como observação em unidades de terapia e monitoração. Porém, devido à ruptura da artéria, pode haver necessidade de cirurgia – dependendo da causa da hemorragia e da extensão do sangramento.

É importante conhecer as causas do AVC, já que muitas delas são controláveis – os chamados fatores de risco modificáveis. A prevenção da doença é baseada neles. “Existem alguns que não podem ser modificados, que são os genéticos e, por outro lado, há outros que podem ser considerados tratáveis”, explica Manoel Carlos Taveiros Mendes, especialista em neurologia. 

A seguir, confira alguns fatores que podem ser modificados:

Hipertensão arterial 

A famosa “pressão alta” é o principal fator de risco  modificável. “No AVC isquêmico, ela contribui para lesão dos vasos sanguíneos e formação de placas ateromatosas e, no AVC hemorrágico, causa ruptura arterial e extravasamento sanguíneo no tecido cerebral”, ensina o neurologista Drusus Pérez. 

O tratamento da hipertensão arterial é muito importante, pois reduz tanto o risco de AVC como o de infarto. Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão apenas um pouco elevada, é preciso consultar um médico para começar o tratamento adequado. “Cada redução em 5mmHg da pressão arterial sistólica (número maior do índice) reduz em cerca de 25% o risco de ter um AVC”, explica José de Lima, médico especialista em transplante de coração.

Colesterol e triglicerídeos elevados

O excesso de gordura no sangue, especialmente de colesterol, “facilita e acelera a formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), podendo causar obstrução, com consequente AVC isquêmico”, acrescenta Lima. Isto as torna mais estreitas e reduz o fluxo sanguíneo, aumentando a chance de a pessoa ter um AVC.

Cigarro

O hábito de fumar está fortemente relacionado com o risco de AVC. “Ativo ou passivo, aumenta o risco de um AVC direta (facilita a formação das placas de gordura) e indiretamente (eleva a pressão arterial)”, diz José.

Mesmo o uso de pequeno número de cigarros (ou de cachimbo ou de charuto) associa-se ao risco elevado. As substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório.

Diabetes

Ela é causada por uma deficiência do hormônio chamado insulina ou por uma resistência a ele. Esse hormônio é essencial no metabolismo da glicose (açúcar) no corpo. “A doença facilita e acelera a formação de placas de gordura nas artérias, podendo causar obstrução, com consequente AVC isquêmico”, alerta José de Lima. Um bom controle do diabetes com dieta adequada e medicamentos torna os problemas circulatórios menos comuns.

Ingestão de álcool 

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas leva à hipertensão e níveis inadequados de colesterol no sangue, outros fatores de risco da doença. Dessa forma, está ligada a um grande aumento na incidência de AVC.

Sedentarismo 

A atividade física confere redução do risco de doenças vasculares. “O sedentarismo é um fator de risco secundário e está associado a uma maior formação de placas ateromatosas e ao aumento do  colesterol ruim”, diz Drusus. Ele também leva ao aumento de peso, predispondo à hipertensão e ao diabetes, todos fatores de risco para AVC. “Atividade física rotineira, pelo menos 3 vezes por semana, por 1 hora, reduz esses problemas e controla os níveis de colesterol no organismo”, recomenda Lima. 

Excesso de peso

A obesidade deve ser controlada, principalmente por sua associação com os outros fatores de risco. “Ela é considerada um fator secundário e está associada à hipertensão, diabetes e colesterol alto”, explica o professor. Para controlar adequadamente o peso e diminuir os riscos de desenvolver um AVC, consulte o seu médico e um nutricionista.

Uso de anticoncepcional 

O uso dessas pílulas pode favorecer o surgimento do AVC, principalmente em mulheres fumantes, com pressão alta ou enxaqueca. Pelo fato de trazerem hormônios, como o estrógeno e a progesterona, eles alteram o equilíbrio entre eventos bioquímicos que levam à coagulação sanguínea, e os que previnem que isso aconteça no interior dos vasos sanguíneos. É muito importante consultar o médico para que ele avalie sua condição clínica e a oriente da melhor maneira possível. Não tome nenhuma decisão sozinha.

Consumo de drogas 

“É um fator de risco importante, principalmente na população jovem usuária de crack e cocaína”, alerta Drusus. O uso dessas drogas é capaz de gerar lesão arterial e picos de pressão alta, fatores de risco de desenvolvimento de AVC.

Abaixo, confira os fatores não-modificáveis

Histórico familiar e genética 

“Sabe-se que quanto mais familiares acometidos, maior a chance de ter um AVC”, lembra Drusus. Por isso, é recomendado saber se já houve casos na família e ficar mais atento aos outros fatores modificáveis.

Idade 

Ainda que um AVC possa surgir em qualquer fase da vida, inclusive entre crianças e recém-nascidos, a chance dele ocorrer cresce com o avanço da idade. “Quanto mais velho, maior a chance de sofrer um AVC”, acrescenta Drusus Pérez.

Sexo 

Pessoas do sexo masculino tem maior tendência ao desenvolvimento de AVC do que mulheres. “Porém, a combinação de tabagismo e uso de anticoncepcional oral aumenta muito o risco na população feminina”, alerta José de Lima.

Etnia 

“Algumas raças, em especial, são mais propensas a ter AVC, como asiáticos, hispânicos, afrodescendentes e negros”, explica Lima. 

Consultoria: Drusus Pérez, Manoel Carlos Taveiros Mendes e Salomón Soriano Ordinola Rojas, neurologistas; José de Lima, médico especialista em transplante do coração 

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