Embora dormir pareça uma tarefa fácil e prazerosa, para muitas pessoas se torna um verdadeiro pesadelo. A noite chega, o horário de ir para cama também, e aí começa o problema: o sono não vem.
Com o passar do tempo, a ansiedade toma conta da situação e aí fechar os olhos se torna ainda mais difícil.
Talvez a insônia não faça parte da sua realidade, mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 40% dos brasileiros sofrem com distúrbio do sono.
Entenda a insônia
A doença é caracterizada pela presença de incapacidade de iniciar ou manter o sono, sintomas diurnos de fadiga ou baixo rendimento, e insatisfação com a qualidade de vida.
A adoção de maus hábitos diurnos e noturnos - como fazer exercícios físicos à noite ou usar eletrônicos antes de dormir - e o costume de abusar de substâncias estimulantes como cafeína e álcool, podem comprometer a qualidade do sono.
O problema é que essas atitudes são capazes de despertar o organismo, dificultando o relaxamento. “Fatores psicológicos, tais como depressão, ansiedade e estresse e outros distúrbios (apneia, por exemplo) também podem desencadear a insônia'', afirma Anna Karla Smith, neurologista especialista em medicina do sono.
O diagnóstico
Ao detectar a dificuldade para dormir, a pessoa deve procurar um especialista em sono, que analisará clinicamente o paciente. Segundo Lia Rita Azeredo Bittencourt, médica especialista em pneumologia e medicina do sono, o diagnóstico será feito com base nos critérios:
*A queixa principal é a dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, ou ainda não ter um sono reparador, ao menos por um mês;
*O transtorno do sono (ou a fadiga diurna associada ao mesmo) causa problemas significativos ou perda no desempenho profissional, intelectual e social;
*A insônia não ocorre exclusivamente no curso de outra doença psiquiátrica (como depressão ou ansiedade generalizada);
*O transtorno não é consequência do efeito de medicações ou substâncias, nem de doenças clínicas .
Como cuidar
Para tratar a insônia, o médico especialista pode optar pelo tratamento medicamentoso, com o uso de indutores de sono e antidepressivos, ou também associar a medida a tratamentos alternativos, como psicoterapia e técnicas de relaxamento.
Consultoria: Anna Karla Smith, neurologista especialista em medicina do sono; Lia Rita Azeredo Bittencourt, médica especialista em pneumologia e medicina do sono.
