Ao contrário do que alguns imaginam, emagrecer não é sinônimo de saúde e bem-estar. Não podemos negar que o acúmulo de gordura corporal pode levar ao desenvolvimento da obesidade e de inúmeros problemas para a saúde física e mental. No entanto, é preciso ter consciência de que a busca obsessiva por um “corpo perfeito”, geralmente, não leva em consideração princípios básicos de bem-estar.
Fator muito perigoso e que, além de prejudicar a saúde mental das pessoas, ainda pode ter efeito reverso, dificultando e até mesmo impedido a conquista daquele tão sonhado “abdômen tanquinho”, por exemplo.
“Primeiro precisamos entender e aceitar o nosso biotipo, que é único e diferente das demais pessoas. Isso vai evitar comparativos. O desejo de emagrecer não deve vir pela comparação com o outro, mas porque o seu momento de vida está diferente das escolhas que a levaram a ter sobrepeso, por exemplo”, explica Edivana Poltronieri, especialista em emagrecimento saudável.
Para a profissional, as pessoas que colocam o emagrecimento como a base fundamental do seu bem-estar estão mais suscetíveis a desistirem do processo, quando as dificuldades começam a aparecer. Por outro lado, quem entende que a qualidade de vida depende de inúmeros fatores e que a perda de gordura é apenas um deles, costuma encontrar mais facilidade para eliminar o sobrepeso.
Edivana separou quatro atitudes que precisam ser constantemente monitoradas, para que o desejo de emagrecer não ultrapasse os limites do bem-estar físico e mental. Confira:
- Cuidado com o uso das redes sociais. Filtros e aplicativos podem vender uma realidade que não existe;
- Não queira ter o corpo ou a vida do outro. Cada pessoa tem características e biotipo que a tornam única;
- Entenda por que deseja mudar. Faça uma autoanálise sincera e veja se a mudança que procura é para agradar a si próprio ou outros;
- Qualidade de vida também envolve controle emocional e mudança de mentalidade. A transformação do corpo deve ser uma consequência da evolução interna.
“O estar bem é um sentimento intrínseco e que independe das dificuldades. Ele fica evidente pelas nossas atitudes e escolhas diárias. Quando estamos bem, conseguimos impor limites em como os fatores externos irão nos afetar”, finaliza Edivana.