Nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro sofreu crises fortes de soluço que perduraram, e em seguida decidiu procurar por um hospital para saber o que estava acontecendo. Além do soluço, ele também perdeu a voz em alguns momentos. "Estou há uma semana com soluço, talvez não consiga me expressar bem nessa live", afirmou ele na última quinta-feira (8), e nos compromissos seguintes não teve melhora.
Afinal, o que o soluço pode causar
De acordo com artigo publicado no site Vida Saudável, pelo Dr. Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o soluço pode ser definido como uma contração involuntária, que dá origem a chamada inspiração súbita e termina com o fechamento abrupto da glote, que gera o som de “hic”.
Como na maioria das vezes ele tem uma frequência média de quatro por minuto e desaparece espontaneamentos em alguns minutos, quando passa disso precisa cuidar do problema. “O mecanismo que causa soluço ainda é desconhecido e envolve as vias neurológicas que formam um arco reflexo”.
Segundo o especialista é possível identificar os graus de soluço de acordo com a duração dele, isto é, se o indivíduo exagerou na comida, ingeriu bebidas gasosas ou mascou chicletes, esse tipo denominado, “episódico” é causado devido a hiperdistensão gástrica. Nos casos em que o soluço é persistente ou até mesmo intratável vale observar se há perda de peso, insônia, fadiga ou estresse mental que também influenciam nesse sintoma.
Como é feito o diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue, ressonância magnética, broncoscopia, endoscopia, teste de função pulmonar, entre outros.
O especialista ressalta ainda que como não há estudos completos e minuciosos sobre o tratamento do soluço, apenas estudos observacionais. “Após ser encontrado alguma doença relacionada, o tratamento, então, deve ser direcionado àquela doença”.
A seguir manobras físicas que podem ser feitas para amenizar o incômodo “hics”.
Ao começar o soluço é importante prender a respiração, estimular a nasofaringe ou a garganta por meio de ingestão de água gelada, gargarejo e até mesmo ingerir açúcar puro, fazer pressão sobre os olhos para estimular o nervo vago, manipular o diafragma (fazer flexão das coxas sobre o tórax ou apoiar o tórax).
Além disso, o Dr. Sidney ressalta que terapias alternativas podem servir como tratamento também para o soluço, como hipnose e acupuntura. Em casos necessários é avaliada a possibilidade de uma cirurgia para o bloqueio do nervo fênico e implantação de um marca-passo respiratório”, finaliza Dr. Sidney, neuro cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista.
Consultoria: Dr. Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista do Hospital Israelita Albert Einstein / CRM SP 73264.
(Com informações de: Vida Saudável).
