Muitas pessoas não sabem realmente o que é esclerose, associando um dos tipos, a esclerose múltipla (EM), ao envelhecimento.
“Esclerose é um termo médico utilizado para definir aumento de tecido conjuntivo e endurecimento do órgão. Já as demências se manifestam por declínio cognitivo, levando a alterações de memória e comportamentais.”, diferencia o neurologista, Dr. Drusus Perez.
Esclarecimentos sobre a esclerose
Confira alguns tópicos sobre as características gerais daquilo que entende-se na literatura médica por esclerose:
O que é: o termo em si significa o endurecimento de algum órgão e vem do grego “skleros”, que significa duro. Entre as causas gerais desse problema estão a idade avançada, inflamações e doenças autoimunes, que podem levar a perda de elasticidade do tecido e causar alguma forma de esclerose.
Principais tipos: entre as mais conhecidas estão a esclerose múltipla (EM), a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a esclerose sistêmica e a esclerose tuberosa.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e progressiva. Ou seja, células do sistema de defesa atacam o sistema nervoso, causando lesões no cérebro e na medula.
Os sintomas mais comuns envolvem cansaço extremo, fraqueza nos membros inferiores e superiores, incontinência urinária e fecal e dificuldade de concentração. Em casos avançados, o paciente pode sofrer com problemas motores e dificuldade de fala.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, onde os neurônios responsáveis pelos movimentos dos músculos são destruídos, causando, de forma progressiva, a paralisia de braços, pernas e rosto.
Considerada uma doença autoimune, a esclerose sistêmica causa endurecimento da pele, articulações e vasos sanguíneos. Os sinais mais clássicos da doença são dificuldade para respirar, dormência nos dedos dos pés e das mãos e dor nas articulações.
A esclerose tuberosa, por sua vez, é uma doença genética que causa o aparecimento de tumores benignos pelo corpo, podendo afetar rins, coração e cérebro, por exemplo. Os sintomas estão relacionados ao aparecimento dos tumores e podem ser variados, como arritmia, inchaço nas mãos e pés, falta de ar e dor no peito, além de manchas na pele.
Grupo de risco
Se comparado às causas de demência, as formas de esclerose costumam acometer indivíduos mais jovens. E a maioria não tem ligação ao envelhecimento. No caso da esclerose múltipla, por exemplo, é mais comum na faixa dos 20 a 40 anos e acomete mais mulheres do que homens.
Como diagnosticar
Como as formas de esclerose variam entre si, a avaliação médica é diferente. O risco é, em alguns casos, como na EM e na ELA, em que os pacientes levam cerca de oito meses entre o início dos sintomas e o diagnóstico, perder tempo no tratamento, fator importante para retardar a doença.
“Atualmente, as escleroses ainda não possuem cura, apenas medidas e medicações de controle, mas há estudos avançando nesse sentido”, destaca a médica da família, Dra. Cristiane Gussi.
Fontes: Dra. Cristiane Gussi, médica da família e Dr. Drusus Perez, neurologista.