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Quais são as chances do DIU falhar? Obstetra responde

Casal virou notícia após mulher engravidar mesmo com DIU e laqueadura. Obstetra explica as chances disso acontecer

Quais são as chances do DIU falhar? Obstetra responde
Quais são as chances do DIU falhar? Obstetra responde - Foto: Shutterstock

O casal Brenda Nathielle Teixeira e Lucas Lopes se tornou notícia após ela engravidar com DIU, fazer uma laqueadura e, ainda assim, descobrir a 4ª gestação. O assunto despertou curiosidade e, principalmente, a eficiência de métodos contraceptivos como o dispositivo intra-uterino.

Quais as chances do DIU falhar?

No entanto, vale destacar que esse caso é uma exceção. Isso porque as chances de falha do DIU variam entre 0,2 a 0,6% (a depender do modelo). Já a laqueadura tem uma taxa de falha de 0,5%.

“Traduzindo estes números, significa que de 1000 mulheres usando um DIU de cobre, por exemplo, 6 vão engravidar em 1 ano (taxa semelhante à da laqueadura). Podemos ver que a taxa de falha dos dois métodos é bem parecida”, afirma a Dra Dúnia Poli do Valle, médica e obstetra que atua na linha da Ginecologia Natural.

Segundo ela, todo método com menos de 1% de falha é considerado um método muito bom. Este é o caso de todos os modelos de dispositivos intra-uterinos (cobre, cobre e prata, com levonorgestrel), laqueadura, vasectomia e implante subdérmico.

“São métodos tão bons que quando falham viram notícia, viralizam e geram muito engajamento nas redes. Isso gera um efeito de viés de confirmação para quem já não confia muito nos métodos, porque se é só o que aparece na mídia, a impressão que se tem é de que são métodos muito falhos, mas não são”, ressalta. 

A obstetra acrescenta ainda que todas as outras usuárias de DIU que vivem suas vidas sem falha e sem grandes questões ou complicações, estão pensando e fazendo outras coisas. Por isso, não estão virando notícia e nem gravando vídeos sobre o assunto.

Os diferentes tipos de DIU e quem pode usar

Segundo a médica, hoje estão disponíveis dois modelos de dispositivos com levonorgestrel (um hormônio progesterona), além dos modelos não-hormonais de cobre e cobre/prata.

“Praticamente todas as mulheres são elegíveis para o uso dos DIUs. Portanto, é mais fácil dizer as que não são boas candidatas ao uso”, afirma. Nesse caso, entre as pacientes que não podem usar o dispositivo intra-uterino estão:

  • Mulheres com alterações de cavidade uterina (septo, útero bicorno, didelfo, miomas grandes que deformam cavidade uterina etc);
  • Portadoras de infecções sexualmente transmissíveis não tratadas;
  • Portadoras de doença inflamatória pélvica sem tratamento;
  • Mulheres no pós parto ou após aborto infectado sem tratamento adequado;
  • Portadoras de doenças que alteram a coagulação sanguínea;
  • Pacientes com câncer de colo de útero ou de corpo uterino;
  • Mulheres com sangramento disfuncional sem diagnóstico;
  • Mulheres com suspeita de gravidez.
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