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Entenda a eficácia e pós-operatório do transplante de córnea

A busca por transplante de córnea cresce cada vez mais no Brasil, e cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos

Entenda a eficácia e pós-operatório do transplante de córnea
Entenda a eficácia e pós-operatório do transplante de córnea - Foto: Shutterstock

A busca por transplante de córnea cresce cada vez mais no Brasil. De acordo com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), atualmente, há 24.319 pacientes à espera de algum procedimento nas córneas. Em 2020, esse total já era de 16.337 e, em 2021, de 20.134. Os dados se referem a atendimentos feitos no SUS e nas redes privada e suplementar.

Eficácia da cirurgia

A procura é alta especialmente porque a cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos de pessoas que têm alguma deficiência visual por problemas de córnea. Segundo Ariane Alessio, médica oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), as taxas de sucesso variam conforme a causa.

“Em casos de transplantes em situações não complicadas a taxa é de aproximadamente 80%. Em casos complicados, fica próximo a 50%. Casos complicados englobam: traumas oculares, perfurações, cirurgias oculares anteriores, infecções e glaucoma. Em casos como ceratocone, a taxa de sucesso é maior”, estima a oftalmologista.

Recuperação do paciente

Além disso, ela explica que a recuperação da visão após um transplante de córnea depende de alguns fatores, como: causa que levou ao transplante, visão pré-operatória, outras doenças oculares associadas e tipo de transplante realizado.

“Mas, geralmente, a recuperação ocorre de forma lenta e gradual, se estabilizando após o manejo completo dos pontos”, comenta a especialista.

O pós-operatório

Nesse período, a função visual do paciente é avaliada através de alguns testes: medida da acuidade visual, medida da nitidez da visão, avaliação da capacidade de enxergar cores e campo visual. Além de comparar com a visão pré-operatória. 

“O transplante de córnea é monitorado através de consulta oftalmológica semestral completa, que avalia acuidade visual, biomicroscopia, medida da pressão intra-ocular e exame do fundo de olho”, explica a médica. 

Por isso, são realizados exames complementares que acompanham as células endoteliais dessa nova córnea e a curvatura da mesma. Além disso, observa-se sinais de alarme como: vermelhidão ocular, coceira, baixa da visão, secreção ocular, dor. 

“O principal sinal que o enxerto está funcionando é a transparência,  proporcionando visão ao paciente”, salienta Ariane.

A profissional lembra ainda que, no pós-operatório recente, existe uma série de restrições. Portanto, não é permitido:

  • Carregar peso;
  • Cozinhar;
  • Se expor à fumaça;
  • Dormir do lado operado;
  • Praticar esportes em geral;
  • Imersão em água por pelo menos 90 dias. 

Além disso, é importante sempre consultar um oftalmologista antes de aplicar qualquer vacina no período de 6 meses de pós-operatório, alerta a médica.

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