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Teste da orelhinha: o que é e qual a importância para o bebê

O teste da orelhinha é feito ainda na maternidade e pode indicar precocemente problemas auditivos, que tendem a pior na vida adulta

Teste da orelhinha: o que é e qual a importância para o bebê
Teste da orelhinha: o que é e qual a importância para o bebê - Foto: Shutterstock

De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, ao nascimento, uma em cada mil crianças tem perda auditiva permanente significativa. Por isso, é importante realizar o teste da orelhinha, o que pode ocorrer ainda na maternidade e ajuda a identificar problemas auditivos no recém-nascido.

Teste da orelhinha

De acordo com a médica otorrinolaringologista pediátrica Juliana Caixeta, o exame é de extrema importância e também bastante simples. “O teste da orelhinha é rápido, indolor e não tem nenhuma contraindicação. Sua realização ajuda a constatar se a audição do bebê está se desenvolvendo de acordo com o esperado”, explica.

A médica também destaca que a realização do exame permite diagnósticos precoces. “Quando o teste aponta alguma alteração auditiva no bebê, ele passa por exames complementares confirmatórios. Uma vez confirmada a perda auditiva, o bebê passa pelo programa de intervenção precoce, que inclui o uso de aparelhos de amplificação, terapia fonoaudiológica e, até mesmo, a cirurgia de implante coclear”, diz a especialista.

O desenvolvimento auditivo do bebê

É importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento auditivo do bebê. Segundo a otorrinolaringologista, quando a audição do bebê é normal, logo após o nascimento, ele é capaz de reconhecer o som da voz da mãe e diferenciá-la da voz de outras pessoas. 

Já no 5° mês após o nascimento, a criança identifica quando é chamada pelo próprio nome. E, aos dez meses de vida, o bebê se concentra ao ouvir música, olha para familiares quando nomeados, compreende ordens simples e é capaz de identificar objetos pelo nome. Esse aprendizado avança rapidamente, e entre nove meses e 1 ano e 4 meses, o bebê já fala suas primeiras palavras.

Não reconhecer e tratar uma deficiência pode afetar gravemente a capacidade de uma criança de falar e de compreender a linguagem. A deficiência pode conduzir a um baixo rendimento na escola, dificuldades de comunicação com os colegas, isolamento social e dificuldades emocionais. 

É importante destacar que a deficiência auditiva de grau leve e moderado pode ser mais difícil de detectar, tanto pelos familiares quanto pelos médicos. Nesses casos, o desenvolvimento da fala ocorre, porém de maneira mais lenta. Já na escola, muitas vezes a criança pode apresentar dificuldades escolares ou ficar irritada quando o barulho na sala de aula é intenso. 

Bebês começam a ouvir durante a gestação

O bebê começa a ouvir por volta da 20ª semana de gestação, ou 5º mês de gravidez. Nesta etapa já é capaz de captar os batimentos cardíacos da mãe, sua voz e alguns sons externos. 

De acordo com a médica otorrinolaringologista pediátrica Juliana Caixeta, o desenvolvimento auditivo do bebê é gradual. “No início ele só consegue processar sons de baixa frequência, e essa função vai se aperfeiçoando conforme a gestação avança”, explica a médica. 

Além disso, os sons que chegam ao bebê são diferentes dos que ouvimos. “Por estar dentro do útero e dentro de uma bolsa cheia de líquido, os sons que chegam ao bebê apresentam distorções, a maior alteração ocorre no som das consoantes. Já que nas vogais, o tom da fala e as melodias musicais parecem ser bem reconhecidas entre o 6º e o 8º mês de gestação”, explica a otorrinolaringologista. 

Outra particularidade é a tonalidade vocal. Estudos físicos mostram que os sons graves atravessam melhor as barreiras e chegam mais fortes que os agudos, devido à vibração que provocam no meio líquido. Juliana Caixeta esclarece que a audição intrauterina tem um papel importante na construção da relação familiar.

“A partir do 6º mês de gestação, os pais podem e devem conversar com seu bebê, colocar música para que ele ouça, além de estimulá-lo pelo toque e com carícias no barrigão, pois as vibrações causadas no líquido dentro do útero proporcionam ao feto também uma experiência tátil”, aconselha a médica.

Ela também destaca a importância do pai participar desses momentos. “Assim, quando o bebê começa a ouvir a voz dos pais fica mais fácil criar vínculo e reconhecer semelhanças no período pós-natal”, afirma.

Bebês e idiomas 

Os bebês constroem o conhecimento sobre o seu idioma já nos primeiros meses de vida. Nos primeiros contatos com os sons, se habituam com o ritmo característico da língua. Até os seis meses de vida, os bebês têm uma incrível capacidade de identificar diferentes fonemas e essa capacidade se perde progressivamente até o primeiro ano de vida. 

Juliana Caixeta indica que é a partir dessa idade que os bebês brasileiros conseguem saber se estão ouvindo uma música em português ou em inglês, por exemplo. 

“Essa incapacidade de identificar os fonemas com clareza faz com que, a partir dos 2 anos, todo idioma apresentado à criança seja identificado, no cérebro, como segunda língua”, explica a especialista. Assim, a única forma do indivíduo ser considerado “nativo” é sendo exposto, de maneira frequente, a mais de um idioma antes do segundo ano de vida.

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