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Síndrome de Hashimoto: entenda a doença que afeta Cleo Pires

A Dra. Paula da Rocha Jaskulski, endocrinologista explica sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento

A Dra. Paula da Rocha Jaskulski, endocrinologista explica sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento
A atriz e cantora Cleo revelou neste ano em suas redes sociais que é portadora da tireoidite de Hashimoto - Instagram: @cleo

Neste ano, a atriz e cantora Cleo revelou em suas redes sociais que é portadora da tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que provoca algumas dificuldades no cotidiano e é a causa mais comum do hipotireoidismo.

Assim como a filha de Glória Pires e Fábio Jr, essa síndrome atinge de 5 a 10% da população, levando em consideração que afeta mais as mulheres devido à uma predisposição genética associada a fatores ambientais que se torna um gatilho para o seu desenvolvimento.

Alguns estudos sugerem que quem tem algum familiar de primeiro grau com Hashimoto, tem 9 vezes mais chances em desenvolver também, já outros casos não terão esse histórico familiar presente.

Para esclarecer o assunto o SD conversou com Dra. Paula da Rocha Jaskulski, endocrinologista da Eurekka.

De acordo com a médica, a tireoide é responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4 que são responsáveis pelo metabolismo.  Quando o hipotireoidismo está presente, o que ocorre é uma redução dele. “A partir disso, o paciente começa a sentir: cansaço, sonolência, alterações menstruais, redução na libido, dificuldade de concentração, constipação, pele ressecada, batimentos cardíacos podem ficar mais lentos e também há a queda de cabelo e uma retenção de líquidos, fazendo o paciente engordar cerca de 3 kg”, explica. 

Após sentir os sintomas, são realizados exames laboratorial, como a dosagem de TSH que é produzida pela nossa glândula hipófise e é o “maestro” da tireóide. “Quando ela reduz a produção de T3 e T4 o TSH aumenta na tentativa de compensar essa redução na produção hormonal. Inicialmente isso pode manter um certo equilíbrio, porém com o passar do tempo não é suficiente e o paciente desenvolve redução dos hormônios T3 e T4, que é chamado de hipotireoidismo franco”.

“Logo após, é dosado também os autoanticorpos, conhecidos como anti-tireoperoxidase (anti TPO) e anti tireoglobulina (anti TG). Quando elevados (pode ter elevação apenas de um deles e o anti TPO é o mais comum), que fazem diagnóstico da causa do hipotireoidismo, a tireoidite de Hashimoto”.

O exame de ultrassonografia cervical não é obrigatório para diagnóstico, só é recomendado quando existem alterações na região cervical e no exame físico.Outras anormalidades podem surgir, entre elas, vascularização,tamanho da tireoide, que variam muito conforme a fase dela ou em em alguns casos que ela fica mas aguda ou crônica.

Essa doença tem cura

Por se tratar de uma doença que não tem cura, é feito um  tratamento bastante eficaz. “Realizamos a reposição hormonal com levotiroxina, variando a dose conforme cada caso. Muitas vezes durante o tratamento ajustes serão necessários. Há muita especulação de fatores que poderiam amenizar o ataque às células tireoidianas, como o selênio e a vitamina D, porém os estudos ainda não conseguiram comprovar este benefício”.

“O tratamento ideal é feito também através da reposição com a levotiroxina ajustada para o seu peso e sempre mantendo acompanhamento para o controle ideal. Existem também alguns estudos em andamento para avaliar se alguns pacientes se beneficiaram do uso de T3. Porém, não temos essa formulação ainda no Brasil e também não está claro até o momento, se essa associação teria benefício para alguns pacientes e qual seria sua real segurança. Vale lembrar que tratamentos sempre devem ser baseados em boas evidências científicas. 

"Para conviver com a síndrome de hashimoto é necessário consumir alguns alimentos de forma moderada, como couve flor, soja, nabo são ricos em isoflavonas e tiocianato,  que podem reduzir um pouco a absorção do iodo intestinal e poderia levar a uma progressão mais rápida do hipotireoidismo.

Além disso, o paciente precisa levar uma vida saudável, ou seja, criar uma rotina com atividade física, alimentação balanceada, tirar o excesso de álcool, tabagismo e controlar o estresse para se proteger e não ocorrer a evolução da doença”, finaliza a Dra.Paula da Rocha Jaskulski, endocrinologista. 

Consultoria: Dra.Paula da Rocha Jaskulski, endocrinologista da Eurekka. 

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