Recentemente, a modelo britânica Naomi Campbell, 53, anunciou o nascimento de seu segundo filho, cuja gestação foi através de uma barriga solidária. Essa técnica, também conhecida como útero de substituição, é um dos tratamentos feitos por mulheres que não conseguem engravidar. Além disso, é uma opção para os casais homoafetivos que desejam ter filhos sem ser por meio da adoção.
No Brasil, a cedente temporária do útero deve pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau. Ou seja, pode ser barriga solidária mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima. E, caso não haja um parente para gestar, é permitido realizar a barriga solidária em uma mulher que não seja da família, mas é preciso apreciação e autorização do Conselho Regional de Medicina.
Quando a barriga solidária é uma opção?
A barriga solidária é uma opção de tratamento para as mulheres que foram submetidas à histerectomia (quando ocorre a retirada do útero). Além disso, para aquelas que nasceram com má formação uterina (útero infantil, rudimentar ou ausência congênita de útero) incompatível com a gestação, e também para aquelas que apresentem alguma condição que impeça a gravidez, como a idade.
Vale reforçar que a barriga solidária também é uma técnica que pode ser usada no caso de casais homoafetivos.
“Seguramente uma gestação natural, aos 50 anos, quando a mulher já está na menopausa tem chances raras. Para não usarmos os termos absolutistas sempre ou nunca podemos afirmar que as possibilidades são praticamente nulas”, explica a Dra. Maria do Carmo Borges de Souza, membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA).
E, mesmo com a utilização das técnicas de reprodução assistida, o sucesso dos procedimentos pode estar altamente comprometido quando já não existem mais óvulos. “Mulheres que desejam engravidar numa fase mais madura devem se antecipar com o congelamento dos óvulos ainda na fase reprodutiva, só então estaremos diante de uma expectativa mais concreta”, afirma a especialista.