Estamos no Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata, neoplasia mais comum entre os homens brasileiros após o câncer de pele não melanoma, indica o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Com os avanços da medicina, descobriu-se que a cannabis medicinal pode ser uma opção para o tratamento do câncer de próstata, principalmente como complemento a outras terapias.
Como a cannabis pode ajudar no tratamento do câncer de próstata
De acordo com o Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs, estudos in vitro e em animais mostraram que o CBD, um dos principais componentes da cannabis, pode ter efeitos anti câncer. O especialista cita, por exemplo:
- Indução da apoptose, que é a morte programada das células cancerosas;
- Inibição da proliferação celular cancerosa;
- Indução da diferenciação celular, que é o processo pelo qual as células cancerosas voltam a um estado mais normal;
- Inibição da angiogênese, que é o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam os tumores.
Além disso, o CBD pode agir no organismo de pacientes com câncer de várias maneiras. “Uma das principais maneiras é por meio da modulação do sistema endocanabinoide, que é um sistema de sinalização celular que desempenha um papel importante na regulação de várias funções, incluindo o crescimento celular, a inflamação e a dor”, destaca o médico.
Segundo o especialista, a cannabis ainda pode agir nos receptores canabinóides. Estas são proteínas que se ligam aos canabinóides produzidos pelo próprio corpo ou pelos produtos da cannabis. A ativação desses receptores pode levar a uma série de efeitos benéficos, incluindo:
- Indução da apoptose das células cancerosas;
- Inibição da proliferação celular cancerosa;
- Indução da diferenciação celular;
- Inibição da angiogênese;
- Redução da inflamação;
- Alívio da dor.
“O CBD também pode ter efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes com câncer”, reforça o Dr. Flávio.
Ele lembra que a cannabis é geralmente considerada segura, mas há algumas contraindicações que os pacientes devem estar cientes antes de começar o tratamento. É o caso, por exemplo, de gravidez e amamentação, pacientes psicóticos e pacientes com arritmia cardíaca.