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Cirurgia de fimose: urologista explica os riscos de embutir o pênis

Sem a avaliação adequada, a cirurgia de fimose pode embutir o tênis, encurtando o comprimento peniano

Cirurgia de fimose: urologista explica os riscos de embutir o pênis
Cirurgia de fimose: urologista explica os riscos de embutir o pênis - Foto: Shutterstock

Fimose é aquele excesso de pele que recobre o pênis dificultando a exposição da glande (cabeça). A condição é comum nos bebês meninos e tende a desaparecer com o tempo. No entanto, em alguns casos pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. 

A cirurgia de fimose, por sua vez, é delicada, uma vez que ocorre o risco de embutir o pênis. Isto é, reduzir o comprimento peniano. De acordo com o urologista Dr. Ubirajara Barroso Jr, o risco é grande quando o procedimento é feito sem avaliação da anatomia do pênis.

A cirurgia de fimose e o embutimento do pênis

O pênis embutido pode ocorrer desde o nascimento ou adquirido após a cirurgia de fimose, por exemplo. Caso o cirurgião não tenha identificado na avaliação da fimose que aquele pênis ficará encarcerado, a complexidade da cirurgia de correção aumenta visto que não haverá pele para desembutir o pênis. 

“A cirurgia de fimose quando bem indicada, não há risco de ocorrer o embutimento do pênis. Por esse motivo é preciso atentar-se para a anatomia do órgão”, diz o Dr. Ubirajara. Conforme o médico, existem pênis que já possuem uma característica de estar embutido na gordura pubiana e escroto. 

“E, quando retiramos a fimose, esse pênis fica com o aspecto ainda mais embutido ou encarcerado”, explica o especialista, que é chefe da divisão de cirurgia urológica reconstrutora e urologia pediátrica do Hospital da Universidade Federal da Bahia e 2º secretário da Sociedade Brasileira de Urologia.

Impactos por toda a vida

Frequentemente, após a cirurgia de fimose realizada de forma equivocada, que pode resultar no encarceramento do pênis, os pais acreditam que a situação se resolverá com o crescimento da criança. No entanto, Ubirajara relata que, à medida que a criança cresce, surge a preocupação com a aparência, muitas vezes associada à percepção de um pênis infantil. 

“Por isso, ao realizar a cirurgia, é essencial considerar todos os aspectos, garantindo uma cicatriz linear e buscando uma harmonia genital. Quando identificamos ao avaliar a anatomia peniana que aquele órgão vai ficar embutido, é fundamental usar a técnica de fixação da base do pênis na fáscia de Buck. Assim, o órgão permanece exteriorizado após a cirurgia, evitando complicações futuras,” esclarece.

“Ao remover o excesso de pele é comum que o pênis retraia em alguns casos. Infelizmente, muitas vezes, as pessoas não buscam ajuda, levando a desconfortos que podem inibir o adulto. Em situações mais graves, quando há um encarceramento significativo, a busca por assistência médica é mais frequente”, destaca.

O Dr. Ubirajara ressalta ainda que a cirurgia de fimose é um procedimento seguro quando realizada por um profissional que possui experiência em cirurgia reconstrutora.

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