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Dia da Mentira: 3 mitos que te impedem de emagrecer

Para escapar das pegadinhas de 1º de abril, veja o que é ou não verdade sobre a perda de peso e as técnicas para emagrecer

Dia da Mentira: 3 mitos que te impedem de emagrecer
Dia da Mentira: 3 mitos que te impedem de emagrecer - Foto: Shutterstock

Quem está procurando formas de emagrecer certamente não quer cair em uma pegadinha de 1º de abril. Por isso, reunimos especialistas para esclarecer alguns dos mitos mais difundidos que, ao contrário do esperado, acabam atrapalhando a perda de peso. Confira:

1. Dietas restritivas funcionam — MITO

As dietas restritivas são tentadoras para quem deseja emagrecer rápido. No entanto, elas podem gerar diversos prejuízos à saúde, além de não garantirem efetivamente a diminuição dos números na balança.

A nutricionista Cris Ribas explica que esses planos alimentares muitas vezes são extremos e restritivos. Por isso, podem levar a deficiências nutricionais e a efeitos colaterais negativos, como fadiga, tontura, constipação, alterações de humor e desequilíbrios hormonais. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo acrescenta alguns problemas à lista, como anemia, fraqueza muscular, queda de cabelo, e outros.

Além disso, é difícil manter uma dieta restritiva a longo prazo, especialmente porque ela costuma ser sempre muito radical. Com isso, é comum o efeito platô — em que a pessoa recupera rapidamente o peso perdido, ou até mesmo supera os quilos anteriores.

Ronan lembra que uma restrição alimentar também pode levar a um comportamento compulsivo. Então, além dos riscos para a saúde, as dietas restritivas podem causar transtornos alimentares, como a anorexia nervosa e a bulimia. Esses distúrbios podem trazer sérios riscos para a saúde física e mental e precisam de tratamento adequado.

2. Jejum contínuo é uma opção para emagrecer — MITO

O jejum é usado de diferentes formas por quem deseja perder peso. Na maneira intermitente, ele é uma estratégia flexível, na qual se come por um determinado período do dia e no restante não se ingere alimentos. Já na forma contínua, a pessoa jejua muitas vezes de forma gradativa, começando com 24 horas sem se alimentar, 48 horas e até uma semana. 

Os motivos que levam alguns a optarem pela estratégia de não se alimentar são variados, desde o emagrecimento até razões espirituais. Porém, o diretor-presidente da ABLC alerta que o jejum contínuo pode levar à inanição, ou seja, a uma carência grave de nutrientes. 

Além disso, se o objetivo é emagrecer, ficar muitos dias sem comer também pode causar um efeito desagradável: em vez de fazer o corpo usar a gordura como energia, ele começa a consumir a massa magra (músculos).

Na comunidade científica, ainda não existe consenso sobre o jejum intermitente e o jejum prolongado é visto com ainda mais ressalvas. Isso porque uma dieta hipocalórica bem orientada já é capaz de trazer todos os benefícios, como emagrecimento e controle e prevenção de doenças metabólicas.

3. Apenas alimentação e exercícios bastam para emagrecer — MITO

De fato, uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos são aliadas no processo do emagrecimento. Porém, só isso não basta. Na verdade, são diversos os fatores que contribuem para a perda de peso, o que inclui desde a hidratação corporal à saúde mental. 

Cuidar da saúde mental ajuda a ter autocontrole e bem-estar, condições importantes para obter bons resultados ao passar pelo emagrecimento. “A mente e o corpo precisam estar em harmonia, ambos sendo cuidados igualmente e diariamente. Não dá para pensar apenas em um ou no outro, pois se a nossa mente está fragilizada, geralmente compensamos na alimentação”, destaca Edivana Poltronieri, especialista em emagrecimento saudável. 

O estresse, mais especificamente, é um grande inimigo da perda de peso. Isso porque ele aumenta os níveis de cortisol no organismo, hormônio responsável por liberar adrenalina e insulina no corpo, como mecanismo de defesa. Com isso, o nosso sistema nervoso central entende que precisamos de mais energia, gerando mais ansiedade e contribuindo para a compulsão alimentar.

Outro hormônio também pode atrapalhar o emagrecimento: a leptina, liberada com o sono de má qualidade. Com ele em baixa produção, automaticamente aumentamos o consumo de calorias, para além do necessário. Ao mesmo tempo, o hormônio da fome aumenta (grelina). O resultado é bastante previsível.

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