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Fim da pandemia: infectologista explica o que muda de agora em diante

Director-geral da OMS decretou o fim da emergência sanitária global, que começou em março de 2020, e hoje representa o fim da pandemia

Fim da pandemia: infectologista explica o que muda de agora em diante
Fim da pandemia: infectologista explica o que muda de agora em diante - Foto: Shutterstock

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira que a covid-19 não é mais considerada uma emergência sanitária global. Mil, cento e cinquenta (1.150) dias se passaram desde que a entidade declarou o início da pandemia, em 11 de março de 2020. 

O representa o fim simbólico da pandemia de coronavírus, que matou pelo menos 7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, salientou, no entanto, que isso não significa que a covid-19 acabou. “Esse vírus está aqui para ficar, ainda está matando e ainda está mudando”, afirmou em entrevista coletiva.

O que isso significa na prática?

De acordo com o médico infectologista e diretor médico da Hilab, Dr. Bernardo de Almeida, apesar de ainda gerar problemas do ponto de vista de saúde coletiva, o impacto do vírus SARS-CoV-2 não justifica manter o estado de emergência mundial. 

“A tendência é que o vírus se torne endêmico e com impacto diferenciado de local para local a depender da intensidade da circulação viral, nível de imunidade coletiva, características demográficas da população e eventualmente a estação do ano”, explica. 

É possível fazer um paralelo com o vírus influenza, que já possui esse comportamento, indica o médico. Na prática, muda o foco das ações preventivas, de contenção e de vigilância, priorizando o monitoramento das mudanças nas características que tragam algum risco. É o caso, por exemplo, do aumento na gravidade ou escape substancial do sistema imune.

Os cuidados permanecem

Mesmo com o “fim da pandemia”, a OMS defende que os cuidados devem ser mantidos. Afinal, o vírus veio para ficar, assim como algumas medidas de prevenção. O uso de máscaras para indivíduos sintomáticos é um exemplo, pois reduz a chance de transmissão não só no caso da Covid-19, mas de outros vírus respiratórios, afirma o Dr. Bernardo. 

“A vacinação ainda traz efeito positivo na redução das complicações, particularmente para populações vulneráveis como idosos ou que possuem comorbidades”, destaca o infectologista. 

A pandemia pode voltar?

Tedros afirmou que, se necessário, declarará um novo estado de emergência. Para Bernardo, isso aconteceria no caso de uma nova variante passar a ser mais grave do ponto de vista de risco de hospitalização, óbito ou complicações. “Isso pode ocorrer por mutações que atuem diretamente na gravidade ou que gerem escape do sistema imune a ponto de este não proteger mais da forma como vinha fazendo”, explica. 

O médico enfatiza que o fim do estado de emergência não significa que não há mais problemas relacionados ao vírus. “É, sim, uma boa notícia no sentido de que houve redução significativa do impacto global da pandemia e que servirá para realinhar as prioridades de monitoramento e enfrentamento”, conclui.

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