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Alerta: a poluição do ar pode aumentar casos de doenças cardíacas

Cardiologista alerta sobre os efeitos que a poluição do ar tem sobre o coração, aumentando o risco de doenças cardíacas graves

Alerta: poluição do ar pode aumentar casos de doenças cardíacas
Alerta: poluição do ar pode aumentar casos de doenças cardíacas - Foto: Shutterstock

Quem mora nos centros urbanos está mais suscetível a uma série de problemas de saúde. Isso porque essas pessoas estão constantemente expostas à poluição do ar. Agora, somado aos danos já conhecidos, também está o surgimento de doenças cardíacas, como a arritmia, por exemplo.

Estudos recentes revelam que a poluição está associada ao aumento da incidência de fibrilação atrial e morte súbita, informa a Dra. Luciana Sacilotto, cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

“A poluição do ar é uma mistura complexa de partículas e gases com composição física e química. Essa mistura aumenta a incidência de doenças cardíacas e morte súbita através de diferentes mecanismos, como inflamação, estresse oxidativo, translocação direta de partículas e desequilíbrio do sistema nervoso autônomo, que controla nossas funções básicas. É considerado o principal fator de risco ambiental de morbidade e mortalidade em todo o mundo”, afirma a especialista.

Qual a relação entre a poluição e doenças cardíacas

Estudos em animais e experimentais têm mostrado diversos mecanismos de impacto da poluição do ar na saúde do coração. Um deles é a translocação direta de partículas através da barreira sangue-sistema nervoso. “Isso pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão atrial, desencadeando arritmias ventriculares, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca e AVC”, adverte Luciana. 

Além disso, outras hipóteses sugerem que a poluição pode afetar a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, bem como causar mudanças epigenéticas — modificações químicas que ocorrem no DNA e nas proteínas que o envolvem — que podem influenciar a maneira como os genes são expressos.

A médica alerta que algumas condições podem agravar o problema. “O tabagismo e o sedentarismo são os principais fatores de risco para doenças respiratórias e cardiovasculares, que podem aumentar a vulnerabilidade aos efeitos da poluição do ar. As crianças, os idosos e indivíduos com comorbidades também constituem grupos de maior risco e o tempo de exposição a poluição tem efeito cumulativo”, informa.

Como diminuir o impacto da poluição do ar na saúde?

Algumas medidas individuais e coletivas podem minimizar os efeitos da poluição em grandes centros urbanos. Individualmente, por exemplo, é importante adotar hábitos saudáveis. A cardiologista aconselha evitar o tabagismo, manter uma dieta equilibrada e saudável, praticar atividades físicas regulares e evitar o sedentarismo.

Já coletivamente, é importante pressionar governos e empresas para a implementação de políticas públicas que visem a redução da poluição do ar, bem como o investimento em fontes de energia limpa e sustentável, aponta. “Além disso, é importante apoiar e participar de campanhas de conscientização sobre o tema, buscando disseminar informações sobre os impactos da poluição do ar na saúde e no meio ambiente”, conclui a médica.

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