Hematologista esclarece as principais dúvida sobre a leucemia e explica como lidar com problema da melhor maneira possível
por Redação SD
Publicado em 25/04/2022 às 11:00
Atualizado às 11:00
A leucemia é um tipo de câncer que atinge as células sanguíneas, comprometendo a capacidade do organismo de combater possíveis infecções. Algo que compromete significativamente a saúde e pode levar a morte. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a origem da doença, geralmente, é desconhecida e sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que acabam substituindo as células sanguíneas normais.
A última estimativa é de que a leucemia tenha sido responsável pela morte de mais de sete mil brasileiros em 2019. E que tenham ocorrido quase 11 mil diagnósticos da doença em 2020. Por isso, com a ajuda do Dr. Jayr Schmidt Filho, hematologista e líder do Centro de Referência de Neoplasias Hematológicas do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo, separamos sete mitos e verdades sobre a leucemia. Confira:
O tratamento da leucemia é bastante desafiador, mas evoluiu muito nos últimos anos. Atualmente, ele pode ser feito com quimioterapia – que é a opção mais tradicional –, terapia biológica e terapia-alvo. Como uma etapa final da jornada, o paciente pode ser encaminhado para o transplante de medula óssea, que é a principal chance de cura para a leucemia. Inclusive, com a chegada das terapias-alvo, nos últimos quatro anos, alguns pacientes podem contar com uma nova chance de realizar o transplante de medula óssea.
Os principais sintomas da leucemia são:
Problemas que podem ter relação com diversas outras doenças. Por isso, é importante ir ao médico para que seja feito o diagnóstico correto.
A leucemia mieloide aguda (LMA) é o tipo mais grave e de rápida progressão da doença. Relativamente rara, a LMA representa cerca de 1% de todos os cânceres e é mais comum em idosos acima dos 60 anos.
As causas da leucemia ainda não são definidas, fazendo com que sua prevenção seja difícil. Entretanto, existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver a doença, como:
A leucemia é uma doença que afeta os glóbulos brancos, células responsáveis pela defesa do organismo. Por isso, há uma diminuição na capacidade do organismo combater infecções. Durante o tratamento, muitos pacientes devem ficar isolados para não correrem risco de contaminação.
No total, existem mais de doze tipos de leucemia que são classificadas a partir da velocidade de progressão da doença ou do tipo de célula comprometida. A divisão mais clássica é entre crônica e aguda, que caracterizam o desenvolvimento e agressividade da doença, sendo crônica o surgimento mais lento e aguda mais agressiva. Outra classificação é entre mieloide e linfoide, que estão relacionadas com o tipo de células afetadas – mieloides mais comuns em adultos e linfoides em crianças.
Por meio do hemograma (exame de sangue), é possível identificar alterações como escassez de glóbulos vermelhos, alteração na contagem dos glóbulos brancos e menor número de plaquetas, que podem ser o primeiro indício para a doença. Mas, para confirmação do diagnóstico, é necessário realizar exames específicos, como mielograma, testes moleculares e genéticos.
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