Ela surge quando menos esperamos. Pode causar dor, ou uma vontade súbita de espreme-la para expulsar seu conteúdo. Sim, essa é a tão indesejada espinha. A acne pode aparecer em qualquer idade, mas é mais comum na adolescência, quando o corpo está passando por grandes alterações hormonais. Mas não se engane, os adultos também podem ter acne – o que pode até mesmo ser comum.
4 motivos para não espremer mais nenhuma espinha
A Dra. Daniela Hueb, médica especialista em dermatologia e nutrologia, alerta para os riscos de tentar espremer uma espinha, que pode ou não apresentar pus. Isso porque esta é uma lesão inflamada, e mexer nela pode prejudicar a pele de diversas formas. Confira abaixo:
O ato pode provocar ainda mais acne inflamada
“Ao espremer a pele, nossos dedos podem estar sujos, infectando a pele com bactérias e piorando a infecção já existente. Além disso, o pus contido na pele tem outras bactérias que atingem a pele saudável e podem gerar mais acne. Por isso, por mais que seja tentador, não esprema”, reforça a médica.
Piora o quadro de hiperpigmentação
O ato de espremer uma espinha também piora o quadro de hiperpigmentação. Isto é, a pele fica ainda mais avermelhada ou escura do que ficaria se a cicatrização ocorresse normalmente. Para recuperar o tom uniforme também é mais difícil.
Gera cicatrizes
Se você quer evitar as cicatrizes de acne, não pode espremer as lesões de jeito nenhum. “Ao machucar a pele, você acaba ganhando marcas que vão precisar de muito tratamento para ser amenizadas. Claro que existe tratamento, mas se podemos evitar, é melhor”, destaca a especialista em dermatologia.
Aumenta a oleosidade da pele
A médica explica que a acne costuma surgir em peles mais oleosas e, quando levamos a mão ao rosto com frequência, levamos sujeira que entope poros e gera ainda mais oleosidade. “Então, mão no rosto: apenas limpa para passar os produtos indicados pelo dermatologista”, aconselha Daniela.
Então, como lidar com a acne?
Existem inúmeros tratamentos para acne, ressalta a médica.”Uma pele mais lesionada, por exemplo, pode exigir tratamento tópico e oral. Por isso, consultar-se com seu médico é sempre o mais aconselhado. Entretanto, para as lesões inflamadas que estão mais externas na pele, é indicado usar alguma loção ou pomada secativa indicada pelo seu médico. Existem vários tipos, com ácido e até mesmo antibiótico, por isso, a recomendação do especialista traz mais segurança”, afirma.
Ela explica que produtos mais fortes, como ácidos e antibióticos, devem ser usados pela noite, com a pele limpa, e retirados pela manhã para evitar manchas. “Ainda existem soluções à base de niacinamida para tratar a questão da hiperpigmentação da pele. Também é recomendado usar filtro solar na pele, evitando que ela fique manchada mais para a frente. Mas lembre-se: antes de sair comprando qualquer produto ou emprestando de alguém conhecido, fale com seu dermatologista”, reforça.
5 passos para evitar novas espinhas
A Dra. Daniela Hueb dá 5 dicas para evitar que novas espinhas apareçam. Confira:
- Ter uma alimentação mais saudável: comer menos alimentos ultraprocessados (como fast food, embutidos e carboidratos simples) e menos derivados de leite pode ajudar. Não é preciso evitá-los, mas reduzi-los, ok? Converse com um nutricionista e dermatologista antes.
- Manter visitas frequentes ao dermatologista: assim, ele analisa sua pele e indica produtos certos, além de mostrar como deve ser a rotina de cuidados com sua pele.
- Fazer tratamentos (quando for o caso): peelings, luz pulsada, laser e outros ajudam a reduzir as marcas. Porém, nem sempre são opções para quem tem lesão inflamada — ou seja, mais uma vez seu dermato é essencial para orientar você.
- Ter uma rotina de cuidados correta: lavar o rosto com sabonete certo de manhã e à noite, fazer esfoliações, usar loções indicadas, tomar os remédios receitados — tudo isso faz a diferença.
- Manter check-ups em dia: muitas vezes, acne vem de problemas hormonais. Portanto, mantenha os exames em dia.