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Ansiedade ou infarto? Veja como diferenciar uma crise de uma cardiopatia

Tanto a ansiedade quanto o infarto têm sintomas similares, que se tornam ainda mais confusos nos casos das mulheres. Saiba diferenciá-los

Ansiedade ou infarto? Veja como diferenciar uma crise de uma cardiopatia
Ansiedade ou infarto? Veja como diferenciar uma crise de uma cardiopatia - Foto: Shutterstock

A ansiedade é uma reação emocional comum, que pode estar presente em qualquer momento da vida. Da mesma forma, suas causas podem ser das mais variadas. Quando passa a atrapalhar a rotina do paciente, ela se torna uma patologia — que pode ser facilmente confundida com outras doenças. 

É o caso das cardiopatias, por exemplo, que representam a segunda maior causa de mortes no mundo. Isso acontece porque as condições compartilham sintomas bastante semelhantes.

O efeito costuma ser cíclico. Ao apresentar sintomas de infarto, o paciente pode experimentar uma ansiedade e estresse aumentados. O quadro camufla o diagnóstico, o que acaba por confundir o cuidado e impedir a busca por um atendimento médico especializado, destaca a psicanalista Dra. Andréa Ladislau. 

Segundo ela, este é um cenário muito sério. Isso porque os sinais de agravamento de certas doenças acabam sendo negligenciados, uma vez que, as pessoas acreditam que se trata apenas de uma simples crise de ansiedade e podem perder o time necessário para o controle da doença coronariana.

“O infarto feminino, por exemplo, se inicia por sintomas mais moderados que, justamente por isso provocam essa confusão no diagnóstico por se assemelhar muito ao estresse e a ansiedade. É uma doença, extremamente grave, que exige que a busca pelo diagnóstico e tratamento, deve ser feita com a maior brevidade, seguindo os protocolos médicos específicos. Do contrário, pode vir a apresentar resultados irreversíveis”, alerta a profissional. 

Como diferenciar um infarto de uma crise de ansiedade?

Tanto a ansiedade quanto o infarto têm alguns sintomas em comum. São eles:

  • Taquicardia;
  • Sudorese elevada;
  • Respiração ofegante e acelerada;
  • Sensação de dores articulares;
  • Fadigas;
  • Palpitações;
  • Falta de ar;
  • Dores nas costas e ombro.

No caso das mulheres, a confusão é ainda mais comum. “Normalmente, as mulheres, por possuírem estruturas coronárias um pouco diferente dos homens, costumam relatar a dor como um aperto do peito, semelhante a uma crise de ansiedade”, explica Andréa. 

No entanto, o que é preciso estar atento é que a crise de ansiedade, em muitos casos, vem em decorrência de algum gatilho emocional disparado: uma preocupação excessiva, um estresse elevado, uma tensão recorrente, fobias vibratórias, entre outros. 

Por outro lado, não podemos esquecer também que o excesso de estresse, a vida sedentária, alimentação inadequada, ritmo acelerado, consumo de álcool, tabagismo, falta de qualidade de vida, sono desregulado, podem potencializar os riscos de infarto. “Ou seja, as doenças cardíacas podem sim se associar ao estresse, a ansiedade, às doenças mentais e/ou emocionais”, destaca a psicanalista.

Para evitar crises e confusões

Enfim, seja de base psicológica ou fisiológica, todo e qualquer desconforto físico e mental, deve ser investigado previamente com o profissional especializado para tanto. “Infelizmente, ainda é muito latente em nossa cultura, o autodiagnóstico e automedicação através do auxílio da internet. Hábitos inadequados que podem negligenciar e minimizar os riscos de doenças graves como as cardiopatias, que devem ser acolhidas dentro de um delta tempo recomendado, para que o paciente fuja do risco de morte e outras comorbidades”, adverte a profissional. 

Para ela, este é um tema que demonstra, mais uma vez, a importância do autoconhecimento do ser humano. Isso porque, se autoconhecendo, fica mais fácil identificar se aquele sintoma está diferente dos demais e se a dor física pode ter relação direta com a dor emocional. 

“Uma atenção que passa por uma questão de amor próprio e responsabilidade consigo mesmo, pois em alguns casos, cada minuto é precioso para o sucesso do tratamento. Valorizando ainda mais nossa vida e promovendo a saúde mental e o equilíbrio físico adequado ao nosso bem-estar”, destaca.

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