A esofagite é uma condição que pode causar bastante desconforto, impactando diretamente o esôfago, o canal que liga a garganta ao estômago. Os principais sintomas da condição incluem dores ao deglutir, azia, regurgitação, náuseas e vômitos.
“Em situações mais severas, pode ocorrer sangramento e dificuldade em ingerir alimentos sólidos. Esses sintomas podem ser bastante incômodos e, por isso, afetar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos acometidos”, explica o endoscopista digestivo e diretor do Instituto EndoVitta, Dr. Thiago Souza.
Causas da esofagite
No Brasil, aproximadamente 15% da população enfrenta o refluxo gastroesofágico, uma das principais origens da esofagite. Este número, apresentado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), é preocupante. Ele pode ter relação com o alto consumo de álcool e à utilização inapropriada de medicamentos.
O especialista aponta os avanços na terapia genética como fator-chave no enfrentamento dessa condição crescente no Brasil. Diante de um cenário preocupante, o diagnóstico precoce pode melhorar e dar mais qualidade de vida aos pacientes.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da esofagite pode ser realizado por exames como endoscopia, entre outros. O tratamento depende da causa da inflamação e pode abranger mudanças na dieta, utilização de medicamentos para diminuir a acidez estomacal. Além disso, em casos mais críticos, pode ser necessário cirurgia.
“É essencial que as pessoas estejam alerta aos sinais da esofagite e procurem orientação médica caso manifestem algum dos sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento apropriado podem prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, completa o médico.
Segundo Thiago, a medicina tem avançado e novas abordagens, como a terapia genética, tem potencial de revolucionar o tratamento da esofagite, proporcionando tratamentos mais direcionados e eficazes. “Isso porque a terapia genética pode ser empregada para alvo de genes envolvidos na resposta imune e na regulação da inflamação, proporcionando um tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais”, explica.
Embora seja uma condição comum, a esofagite não deve ser menosprezada, destaca o médico. É crucial que as pessoas se informem sobre os fatores que podem favorecer o seu desenvolvimento e adotem medidas preventivas, como evitar o consumo excessivo de álcool e a administração indiscriminada de medicamentos, por exemplo.
Além disso, é imprescindível que as pessoas busquem auxílio médico assim que os primeiros sintomas apareçam, para poderem receber o tratamento apropriado e prevenir complicações. A esofagite pode ser uma condição incômoda, mas com o tratamento adequado e a prevenção, é possível gerenciar os sintomas e assegurar uma vida saudável e confortável.