Paulo Zulu, 59, publicou um vídeo nas redes sociais fazendo um alerta após passar por uma cirurgia de emergência. O ator e ex-modelo recebeu o diagnóstico para câncer na bexiga e passou por um procedimento em fevereiro para retirar o tumor.
“Infelizmente, quando eu fiz aquele post do hospital, eu fiz uma prevenção, na verdade, eu tinha feito uma operação, porque foi descoberto um sistema canceroso pequeno na minha bexiga. Já é o segundo. Há dois anos eu tirei outro”, disse.
Em seguida, Paulo destacou que os hábitos de vida saudável o ajudaram na recuperação, mas também aproveitou para alertar sobre a importância de fazer exames de revisão.
“Não afeta nada a minha vida, porque eu sou super saudável, então, a recuperação é boa. Mas graças eu ter feito essa revisão, através da prevenção, eu consegui detectar em tempo hábil de poder operar e ficar bem”, explicou.
Câncer de bexiga
O primeiro sinal de alerta do câncer de bexiga é a hematúria, isto é, o sangramento presente na urina. Por isso, a condição é muitas vezes confundida com infecção de urina ou pedras nos rins, explica a Dra. Suelen Martins,oncologista clínica do CEON + (Centro de Oncologia). Além disso, o paciente pode ou não sentir dor, a depender da extensão da doença.
A médica destaca que identificar a doença em seu estágio inicial é indispensável para um bom prognóstico. “O diagnóstico precoce permite a maior chance de cura além da possibilidade de tratamentos menos invasivos. Ele é realizado através da cistoscopia, um exame endoscópico da bexiga, que permite identificar algum tumor e removê-lo se na forma inicial”, detalha Suelen.
Já o tratamento depende da extensão da doença na bexiga e fora dela. De acordo com a oncologista, pode incluir a ressecção por cistoscopia, quimioterapia, imunoterapia, terapia combinada com quimioterapia e radioterapia e/ou remoção completa da bexiga. Novas medicações específicas chamadas “alvo moleculares” podem melhorar a expectativa de vida dos pacientes.
O tumor pode voltar?
Paulo Zulu relatou que este foi o seu segundo tumor retirado da bexiga em dois anos. A especialista explica que, uma vez diagnosticado com um câncer, a chance de outro tumor no mesmo tecido é maior.
Além disso, é preciso evitar o tabagismo, pois este é um fator de risco que aumenta as chances de recidiva (reaparecimento de uma doença ou de um sintoma). “Fatores genéticos hereditários também contribuem, com menor frequência, para novos tumores neste órgão”, acrescenta a médica.