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Cólica? Pode ser endometriose! Saiba identificar o problema

Atingindo de 10 a 15% das mulheres em idade fértil, endometriose pode ter seus sintomas facilmente confundidos com cólicas menstruais

Cólica? Pode ser endometriose! Saiba como identificar o problema
Cólica? Pode ser endometriose! Saiba como identificar o problema - Foto: Shutterstock

Entre as diferentes campanhas de saúde existentes ao longo do ano, o Março Amarelo é o mês de conscientização sobre a endometriose. A doença afeta de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva e é a principal causa de infertilidade entre mulheres. Além disso, pode facilmente parecer se tratar de cólicas menstruais, já que os sintomas são bastante parecidos.

“A endometriose ocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero, não são devidamente expelidas durante a menstruação. Elas se espalham pelo aparelho reprodutivo, o que atrapalha a implantação do embrião fecundado, e até mesmo por outras regiões como intestino, apêndice e bexiga”, explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime.

Sintomas e diagnóstico da endometriose

Não é tão simples prevenir a endometriose. Isso porque, apesar de ter relação com fatores genéticos e imunológicos, ainda não existe definição para a causa da doença. Da mesma forma, também não é tão simples diagnosticá-la, pois seu principal sintoma é a dor pélvica intensa. Esse incômodo geralmente não recebe atenção por parecer ser cólicas menstruais.

“Isso faz com que o diagnóstico da condição ocorra muito tardiamente, quando as mulheres encontram alguma dificuldade para engravidar. Por isso, o acompanhamento ginecológico regular desde cedo é fundamental”, destaca o especialista. 

Além disso, as pílulas anticoncepcionais, comumente utilizadas no tratamento da endometriose, também podem mascarar os sintomas da condição. Esse é outro fator que contribui para um diagnóstico tardio e para que a doença evolua para um quadro grave sem que a mulher perceba, alerta Rodrigo.

Portanto, o acompanhamento médico regular é indispensável, já que esta é a única maneira de identificar a causa dos sintomas e a gravidade do problema.

Tratamento

Felizmente, a endometriose tem tratamento, que é indicado de acordo com a gravidade da condição e as características individuais da paciente. Geralmente, além da pílula anticoncepcional, a terapia inclui analgésicos, anti-inflamatórios e intervenção cirúrgica. “O tratamento cirúrgico da endometriose é feito por meio da laparoscopia, procedimento minimamente invasivo que visa eliminar os cistos causados pela doença”, afirma o Dr. Rodrigo. 

Mas vale ressaltar que o tratamento da endometriose não é definitivo. Isso porque ele atua apenas no alívio dos sintomas e controle dos focos da doença. Logo, os sintomas e a dificuldade de engravidar podem retornar após algum tempo. “Além disso, apenas 50% das pacientes tratadas por meio da laparoscopia possuem chances de engravidar futuramente”, alerta.

Infertilidade

Por esses motivos, a melhor alternativa para mulheres que desejam engravidar, mas sofrem com endometriose, é a busca por tratamentos de reprodução humana, como a fertilização in vitro. 

“O processo de fertilização in vitro em pacientes com endometriose é igual a qualquer outro, com a coleta dos óvulos após indução medicamentosa da ovulação para que sejam fecundados em laboratório e, em seguida, implantados de volta no útero. E a boa notícia é que as taxas de sucesso do procedimento em mulheres com a condição são as mesmas de quando a fertilização é feita por outros motivos, sendo assim um excelente método para aumentar as chances da paciente de ser mãe biológica”, explica o especialista.

“Porém, antes de optar por qualquer procedimento, é fundamental consultar um médico especialista em reprodução humana, que poderá indicar o melhor tratamento para cada caso de acordo com fatores como idade, histórico de saúde e qualidade dos óvulos”, destaca.

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