O Brasil registrou, neste domingo, 6 mortes por Covid-19, elevando para 688.425 o total de vidas perdidas para o coronavírus. Com isso, a média móvel é de 39 óbitos por dia. O país também teve 737 novos casos nas últimas 24 horas, totalizando 34.892.871 de casos desde o começo da pandemia.
Entre 8 e 29 de outubro, o Brasil saltou de 3% para 17% de novos diagnósticos confirmados para o vírus em relação ao total, segundo levantamento do Instituto Todos pela Saúde. De acordo com o Dr. Bernardo Almeida, mestre em doenças infecciosas pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Diretor Médico da Hilab, a taxa de positividade dos testes é um indicador precoce que sinaliza mudança de tendências.
Uma nova onda já tem causado impacto na Europa, na China e nos Estados Unidos. A China, aliás, registrou o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. O país contabilizou 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong. O aumento ocorre apesar das restrições impostas no país.
O aumento nos casos está associado ao surgimento de duas novas subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a XBB. O Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da variante BQ.1 no último sábado (5). A circulação da subvariante na cidade foi detectada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio de sequenciamento genético.
Segundo o médico infectologista, a tendência de elevação ou queda de casos é o resultado de uma equação complexa. Tudo depende da cobertura vacinal, da queda da proteção e do surgimento de novas variantes capazes de escapar da proteção imunológica. “Há outros fatores que influenciam, como a intensidade de circulação prévia do vírus, padrão de interação social da população e de viagens, entre outros”, afirma.
Prevenção
Conforme o Dr. Bernardo, a principal medida preventiva é atualizar o esquema vacinal – para quem ainda não o fez. “Para quem quiser minimizar ainda mais a possibilidade de infecção, pode ser incluído o uso de máscaras de qualidade, especialmente em ambientes fechados, pouco ventilados e com aglomeração, ou reduzir o número de interações”, acrescenta o médico.
“É fundamental que pessoas sintomáticas usem máscaras e realizem testes para afastar a possibilidade de Covid-19 e, idealmente, de influenza, que está também circulando mais intensamente”, destaca.