Hoje é, no Brasil, o dia mais romântico do ano. Isso porque muitos casais lotam restaurantes, cinemas e floriculturas para celebrar o Dia dos Namorados. Entre quatro paredes, a data também costuma ser bem celebrada. E quem “chega ao ápice” com sucesso, pode aproveitar os benefícios que o orgasmo traz à saúde.
Benefícios do orgasmo
De acordo com Isabela Cerqueira, especialista em sexualidade e CEO da Good Vibres, durante o orgasmo o nosso corpo libera diversos hormônios relacionados a sensações de prazer e bem-estar, que geram relaxamento e alívio.
“Por conta da descarga hormonal, chegar ao clímax pode ajudar na melhoria da qualidade do sono, reduzir o estresse, aliviar a dor como a cólica menstrual e até mesmo melhorar a circulação sanguínea, além de aumentar a autoestima e despertar ainda mais o desejo sexual”, destaca a profissional.
Além disso, esta carga hormonal também pode reduzir a depressão e a ansiedade, já que entre esses hormônios estão a endorfina e a serotonina, associados ao bem-estar.
“Para a pele, seus efeitos positivos são atribuídos à liberação de estrogênio, que ajuda na manutenção do colágeno e na redução de inflamações”, completa Isabela.
A especialista aponta ainda que, assim como no esporte, utilizamos a palavra prática ao se referir a sexo pois, quanto mais fazemos, melhor desempenho podemos ter.
“Fazer sexo regularmente, além de ajudar no autoconhecimento do corpo, também estimula a região genital, com aumento de lubrificação, elasticidade da vagina e até no fortalecimento da musculatura”, diz a profissional.
Falando em saúde, sexo só é benéfico quando ocorre o orgasmo?
Mas, afinal, será que os benefícios surgem apenas quando chegamos ao “ápice”? Isabela explica que, como a região da pelve é repleta de terminações nervosas, a partir do momento do desejo e dos primeiros estímulos a ativação do sistema nervoso simpático e parassimpático já começa a ocorrer.
Com isso, já é possível notar algumas alterações, como o aumento da frequência cardíaca e a maior circulação sanguínea, diz a especialista.
No entanto, é apenas quando se chega ao clímax, ou seja, o orgasmo, que ocorre a liberação da tensão sexual com o relaxamento da região e o acionamento dos neurotransmissores responsáveis pelas sensações já citadas acima, como satisfação, relaxamento etc.
“Além disso, é também nesse momento em que o organismo ativa o hipotálamo, que estimula a hipófise, glândula responsável por liberar hormônios. Ou seja, é quando ocorre uma descarga hormonal e os hormônios ficam a mil, proporcionando uma chuva de sensações”, destaca.
Como os brinquedinhos podem ajudar a chegar no orgasmo
Uma alternativa para quem enfrenta problemas para chegar no clímax é investir em “brinquedos” sexuais, os chamados toys. A CEO da Good Vibres aponta que eles desempenham um papel importante para atingir o orgasmo.
“Para as mulheres, o vibrador de clitóris é um dos queridinhos, pois estimula diretamente essa região chave para o prazer sexual feminino. Já para os homens, o masturbador masculino é o preferido, pois os ajuda a alcançar o orgasmo de maneira mais rápida e intensa”, exemplifica.
Segundo ela, esses brinquedos sexuais podem ser ferramentas valiosas para melhorar a vida sexual de todo mundo. Isto é, seja sozinho ou em casal para apimentar a relação.
Vida sexual saudável: o que significa na prática?
Manter uma boa relação na cama é imprescindível para a felicidade e harmonia do casal. O conceito, contudo, pode ser bastante subjetivo.
Segundo a especialista em sexualidade, uma vida sexual saudável é aquela em que a pessoa se sente confortável, independentemente do parceiro, da quantidade de vezes em que faz sexo e das maneiras como o faz.
“É possível ter uma vida sexual saudável estando sozinho ou acompanhado. O importante é que a prática sexual tenha associação com o prazer e com sensações positivas como o reforço do relacionamento, companheirismo, intimidade e até o autoconhecimento”, diz Isabela.
Para ela, ser saudável sexualmente em um relacionamento é estar em sintonia com o parceiro quanto aos momentos a dois. “É importante que haja uma concordância e respeito em relação aos limites de cada um e o que pode ser explorado”, destaca.