Angélica, Luana Piovani, Sandra Annemberg, Claudia Raia, entre outras famosas, estão passando por algo em comum: a menopausa. Até 2030 serão 1 bilhão de mulheres atravessando o climatério, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda assim, o tema é um tabu, já que o estágio é visto como um dos principais sinais do envelhecimento do corpo da mulher. Por isso, resulta em estigmas e desconforto social.
Não à toa, a apresentadora e ex-modelo Adriane Galisteu vai abordar a temática em seu documentário, com lançamento previsto para janeiro de 2024. Segundo o ginecologista da apresentadora, Dr. André Vinícius, existe um segredo para não sofrer nesse período.
Impacto da reposição hormonal na menopausa
“A reposição hormonal na menopausa é um caminho inteligente, pois retira a mulher de uma situação desgastante e crítica, e a devolvendo o interesse pela vida e por si mesma”, garante o médico.
A apresentadora Angélica afirmou recentemente que começou a perceber os sinais da menopausa aos 43 anos. Esta é considerada como uma idade precoce para o declínio da produção de hormônios feita pelo ovário, que geralmente ocorre entre os 45 a 55 anos. Ela conta que demorou para iniciar o processo de reposição hormonal.
Já Maitê Proença admitiu tentar passar pela menopausa sem recorrer aos hormônios, mas não conseguiu. A atriz afirmou em seu blog que o medicamento melhorou seu humor e a ajudou a passar pela depressão, um dos efeitos colaterais do climatério.
Principais formas de reposição hormonal na menopausa
A reposição hormonal possui o papel de repor os hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona). Eles possuem uma diminuição na sua produção durante a menopausa, pela ausência de produção pelos ovários, amenizando os sintomas e prevenindo complicações associadas à deficiência hormonal.
Segundo o ginecologista, quando se fala em reposição hormonal é necessário considerar: estrogênio oral, progesterona oral ou vaginal, estrogênio transdérmico, testosterona transdérmica. A prescrição varia de acordo com a história e sintomas de cada paciente.
Sintomas da menopausa que são pouco conhecidos
Quando o nível dos hormônios estrogênio e progesterona começam a cair, aparecem os primeiros sintomas. O Dr. André Vinícius explica que esse período é chamado de climatério (fase entre os 40-65 anos). “Esta fase é ‘famosa’ entre as mulheres por conta das ondas de calor, os chamados fogachos, alteração de humor e secura vaginal”, explica.
Porém, há outros sintomas que são poucos conhecidos que podem identificar que a mulher já está no climatério. São eles: olho seco, déficit de memória para fatos recentes, infecção urinária, distensão abdominal, ganho de peso, problemas digestivos, entre outros”, diz o ginecologista.
O ginecologista destaca que a menopausa é só mais uma etapa da vida e com as informações e ferramentas adequadas, todas as mulheres podem ter uma vida saudável e feliz durante e após a transição.
Baixa procura
Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Climatério (Sobrac), entrevistando cerca de 1.500 mulheres com idade entre 45 e 65 anos, apontou que apenas 22,3% delas receberam recomendações médicas para realizar o tratamento hormonal e decidiram fazer.
Os especialistas indicam que um dos principais motivos para a baixa procura é a falta de conhecimento sobre os benefícios e os reais riscos da reposição hormonal.
“Ainda há muitos mitos sobre o tratamento com hormônios, muitas pacientes chegam no consultório com receio de ganhar peso ou de desenvolver câncer. Mas há vários estudos científicos que comprovam que os riscos de quem faz reposição hormonal de forma adequada são praticamente os mesmos para quem não faz a terapia hormonal. E os ganhos com a reposição são muitos”, diz André.
De acordo com o médico, além de aliviar sintomas como ondas de calor e insônia, a reposição hormonal na menopausa também pode prevenir osteoporose e melhorar a saúde cardiovascular.