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Especialista alerta para riscos da rinomodelação com ácido hialurônico

Rinomodelação com ácido hialurônico tem riscos de necrose e perda do tecido. Procedimento com fios de PDO pode ser mais indicado

Especialista alerta para os riscos da rinomodelação com ácido hialurônico
Especialista alerta para os riscos da rinomodelação com ácido hialurônico - Foto: Shutterstock

O Brasil está entre os países que mais faz cirurgias plásticas no mundo. Além das próteses de silicone e da lipoaspiração, uma das intervenções mais feitas é a rinoplastia, mostrando que o nariz é um fator de incômodo para muitos brasileiros. No entanto, não é necessário passar por um procedimento definitivo para melhorar o contorno nasal, já que é possível optar pela rinomodelação.

Ao contrário da rinoplastia, a rinomodelação é um procedimento não cirúrgico feito com ácido hialurônico que possui duração máxima de dois anos. A escolha é ideal para quem deseja corrigir pequenas deformidades, alterar ou aumentar levemente a ponta nasal. Contudo, é preciso tomar cuidado.

Riscos da rinomodelação com ácido hialurônico

De acordo com a cirurgiã-dentista especializada em harmonização orofacial Dra. Patrícia Regina, a rinomodelação com ácido hialurônico pode causar oclusão de algum vaso sanguíneo do nariz – o que pode acontecer tanto com agulha, quanto com cânula.

“Com agulha o risco é ainda maior e pode ocorrer oclusão dos vasos sanguíneos. Isso porque, caso seja colocado muito produto, com o uso de cânula, não há um excesso de pele para acomodar a quantidade de substância. Isso pode ocasionar a compressão nos vasos”, alerta a especialista.

Com isso pode se desenvolver um processo de necrose, justamente pela falta de circulação e oxigenação do tecido. “Seja por por conta de oclusão onde o ácido hialurônico entrou no vaso e interrompeu a circulação sanguínea ou por compressão, onde um vaso foi espremido e o sangue não circulou”, explica a profissional.

Em ambas as situações, o quadro pode evoluir para uma morte tecidual, por falta de suporte de oxigênio. Dependendo da situação e do tempo que o profissional faz o diagnóstico da incidência, os danos podem ser irreversíveis, adverte a especialista em harmonização orofacial.

Alternativa mais segura

É importante levar em consideração que o ácido hialurônico atua apenas como um preenchedor e, portanto, não tem função de tratamento, ressalta Patrícia. Entender isso é o primeiro passo para evitar intercorrências em procedimentos que envolvem a substância. “Nesse contexto, temos como alternativa os fios de PDO, que são materiais bioestimuladores de colágeno e não vão apresentar o risco de uma oclusão arterial”, explica a profissional.

Segundo ela, os fios de PDO melhoram a qualidade da pele, tratando fios, melhorando a espessura dérmica, bioestimulando a cartilagem do nariz e, assim, promovendo uma reestruturação do nariz, que vai acontecer progressivamente. “Ou seja, vai melhorando a cada vez até que o paciente fique satisfeito com o resultado, fazendo manutenção apenas a cada dois anos”, afirma. 

“Hoje vejo a rinomodelação com ácido hialurônico como uma técnica ultrapassada, e temos que acompanhar a evolução. Nesse caso, o mais recomendado são os fios de PDO, pois este é um produto mais seguro para se trabalhar”, salienta a especialista. 

A Dra. Patrícia não exclui o risco de infecção em rinomodelação com fios de PDO. “É claro, que existe o risco de infecção, mas aí é uma questão de cuidados tanto do paciente quanto do profissional na hora do procedimento. Apesar disso, sendo diagnosticado no início, não vai levar a um comprometimento sério como leva uma oclusão ou compressão nessa região tão delicada da face”, afirma a cirurgiã-dentista.

Melhoria contínua

A profissional conta que, ao longo dos anos, desenvolveu uma técnica que economiza os fios de PDO, utilizando apenas dois, e proporcionando toda a reestruturação do nariz. Ela lembra que se trata de um material absorvível pelo organismo e que, portanto, pode ser usado novamente. 

“A cada vez que passa, melhora a qualidade da pele, da cartilagem e deixa um aspecto mais bonito, sem precisar voltar à ‘estaca zero’, como no caso do ácido hialurônico. Em resumo, é como se fosse uma poupança de colágeno para espessura dérmica e cartilagem”, finaliza a Dra. Patrícia Regina.

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