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Junho Violeta: coçar os olhos aumenta risco de desenvolver ceratocone

A principal causa do ceratocone é genética, mas hábito de coçar os olhos aumenta chances de desenvolver a doença

Junho Violeta: coçar os olhos aumenta risco de desenvolver ceratocone
Junho Violeta: coçar os olhos aumenta risco de desenvolver ceratocone - Foto: Shutterstock

O Junho Violeta é a campanha de conscientização e prevenção do ceratocone, deformidade na superfície do olho, que gera um grau de astigmatismo irregular, difícil de corrigir com os óculos. 

Segundo o Ministério da Saúde, a condição atinge cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil, normalmente indivíduos de 10 a 25 anos. Por isso, ela é uma doença rara, que pode causar uma curvatura e afinamento na córnea do olho do indivíduo e afetar os dois olhos de forma assimétrica, ou seja, prejudicar mais um do que o outro.

Os principais sintomas do ceratocone são visão borrada, principalmente em situações com muita luz, e fotofobia (isto é, intolerância visual às luzes), indica a médica oftalmologista Dra. Isadora Meyer.

Coçar os olhos aumenta o risco e o grau do ceratocone

A principal causa do ceratocone é a genética, afirma a médica. “Nas pessoas com ceratocone, a córnea é mais fina e mais frágil do que o normal, facilitando a deformidade desse tecido, que ganha a forma de cone”, explica Isadora. 

Em pessoas que já possuem essa fragilidade, o hábito de coçar os olhos fragiliza ainda mais o tecido corneano, aumentando, assim, o risco de desenvolvimento do ceratocone. Daí a importância de se evitar ao máximo coçar os olhos, adverte a médica. Isso porque, além de poder machucá-los, o hábito aumenta o risco de desenvolvimento da condição e o seu grau.

“O ceratocone se desenvolve, quase sempre, no final da infância ou início da adolescência. É muito raro o desenvolvimento de ceratocone na idade adulta, mas pode acontecer, principalmente em quem coça muito os olhos”, acrescenta a especialista.

Riscos e complicações do ceratocone

A principal complicação do ceratocone é a diminuição da acuidade visual, mesmo com o uso dos óculos. “Os óculos passam a não corrigir bem a visão, pois a dificuldade visual se deve não só aos altos graus de astigmatismo e miopia, mas também à deformidade da superfície do olho, que faz a luz entrar de forma irregular dentro do olho”, justifica Isadora.

Por conta disso, os tratamentos consistem em diminuir essa irregularidade, seja através da adaptação de lentes de contato rígidas ou do implante de anéis intracorneanos. “Em casos mais avançados, o ceratocone pode fragilizar tanto a córnea que gera “rachaduras” no tecido, conhecidas como hidropsia corneana, causando, então, diminuição da transparência corneana, o que atrapalha ainda mais a passagem da luz para dentro do olho”, acrescenta a oftalmologista.

Diagnóstico e tratamento

A suspeita de ceratocone pode ser feita durante o exame com o médico oftalmologista. Já o diagnóstico definitivo confirma-se através do exame chamado topografia corneana, que evidencia a

irregularidade da superfície corneana e o aumento da sua curvatura.

Segundo a Dra. Isadora, há diversas formas de tratar o ceratocone. As lentes de contato rígidas, por exemplo, criam uma superfície perfeita em cima dessa irregularidade, corrigindo muito bem a visão. 

Já a principal opção cirúrgica é o implante de segmentos de anéis intracorneanos, que diminuem a deformidade, possibilitando melhora da visão. “O transplante de córnea é a alternativa para casos muito avançados, em que as lentes de contato ou o anel não são mais eficazes de resolver. Enfim, quem tem ceratocone pode enxergar muito bem, quando bem orientado pelo oftalmologista”, conclui a médica.

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