Você sabe o que é o climatério? Este é o nome dado à transição fisiológica do período reprodutivo da mulher para o não reprodutivo. Este período se caracteriza pela diminuição gradual da função ovariana e abrange um período pré e pós menopausa. Isto é, dos 40 aos 60 anos, em média.
Além disso, outra marca dessa fase é a irregularidade menstrual, até a completa parada dos ciclos menstruais. Vale destacar que a menopausa se define por 12 meses consecutivos sem menstruar.
A hora certa para fazer reposição hormonal
Segundo a ginecologista, diretora médica do CEPARH e das clínicas Elsimar Coutinho, Dra. Consuelo Callizo, o climatério é um período de declínio hormonal. E, nesse sentido, especialistas advertem que é importante buscar tratamento adequado, imprescindível para repor as perdas hormonais que podem ocorrer com o passar dos anos.
O momento certo para começar a reposição hormonal pode ser logo no início do climatério. “Este representa o melhor momento de prevenção de todas as comorbidades que poderão ocorrer com a menopausa”, aponta Consuelo.
Afinal, apesar de a menopausa figurar como uma importante virada de chave do ponto de vista físico-metabólico da mulher, é durante o climatério que a mulher vivencia uma longa jornada de gradativas alterações hormonais que preparam o seu corpo para o fim da idade reprodutiva.
“O período é marcado por mudanças de natureza endócrino-metabólicas que podem ou não comprometer a saúde e a qualidade de vida da mulher, porque cada organismo é único”, explica Dra. Consuelo.
Sintomas a serem combatidos
Conforme a especialista, os principais sintomas relatados por mulheres acima de 40 anos, em geral, são: irregularidades no ciclo menstrual, cansaço, desânimo, diminuição da libido e aumento de gordura corporal.
“Também é comum nos depararmos com relatos de perda de massa muscular, queda de cabelo e enfraquecimento de unhas, além de problemas de pele, como acne, oleosidade ou ressecamento”, pontua.
A diretora médica das clínicas Elsimar Coutinho também defende a importância de que, nessa jornada, a mulher mantenha suas consultas médicas em dia, faça periodicamente seus exames clínicos e laboratoriais, sem perder de vista os medidores hormonais, de acordo com a sua faixa etária e contexto socioambiental.
Assim, o médico que a acompanha poderá diagnosticar com brevidade qualquer doença relacionada ao climatério e viabilizar o tratamento com a devida antecipação, inclusive em termos de terapia hormonal.
Como funciona a reposição hormonal?
O tratamento de reposição hormonal tem dose e tempo de uso individualizado. De modo geral, existem várias composições de tratamento utilizando estrogênios, progesterona e/ou testosterona, variando de acordo com a necessidade de cada paciente.
Consuelo destaca ainda que uma das opções na terapia hormonal é o uso destes hormônios pela via dos implantes hormonais, pois eles são colocados em envoltórios de silicone microporoso, o que permite a liberação controlada da substância ao longo do período de utilização.
E como fica a líbido?
Quando se fala em diminuição da libido nessa fase, a ginecologista explica que, dependendo do tipo de tratamento há sim um aumento no desejo sexual.
“Em muitos casos, isso ocorre devido ao aumento da autoestima feminina combinado à melhora da lubrificação vaginal. Isso acontece porque, na ausência do estrogênio, a área costuma ficar ressecada, causando muito desconforto durante as relações sexuais. A testosterona melhora a libido não apenas sexual, mas a vontade de viver”, aponta a especialista.