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Queloide: médico explica como se formam e como evitar

É impossível prever o surgimento de um queloide, mas algumas medidas podem ajudar a evitar o desenvolvimento de uma cicatriz atípica

Queloide: médico explica como se formam e como evitar
Queloide: médico explica como se formam e como evitar - Foto: Shutterstock

Cuidar de uma lesão que irá cicatrizar não é uma tarefa fácil – seja em caso de ferimento ou após uma cirurgia. Isso porque, além do processo natural de cicatrização, pode haver um crescimento anormal de tecido cicatricial, devido à produção excessiva de colágeno. O resultado é o tão temido queloide.

“Se você possui uma cicatriz de cirurgia anterior ou de machucado que evoluiu de maneira mais grosseira, que às vezes coça, arde ou dói; uma cicatriz mais grossa, elevada; esta cicatriz se chama queloide”, explica o médico Dr. Haryson Guanaes de Lima, graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e diretor clínico do Órion Instituto Médico.

Nestes casos, os queloides geralmente ultrapassam os limites da ferida original, adquirem aparência elevada, firme e, em alguns casos, mais escuras que a pele ao redor. “Por razões diversas, em alguns organismos, mesmo após a cicatrização, o tecido cicatricial segue sendo produzido, levando ao queloide”, diz o médico.

Como surge o queloide?

O queloide está associado principalmente às características das peles de origem asiática e negra, mas não quer dizer que a pessoa de pele branca não possa ter. Embora haja essa predisposição em alguns tipos de pele, é impossível prever seu surgimento. Quando não há nenhuma cirurgia anterior ou ferimento, fica ainda mais difícil imaginar como será a evolução da cicatriz.

Mesmo nos casos em que já houve uma cirurgia e a cicatrização ocorreu dentro da normalidade, não há garantia de que o mesmo acontecerá em toda a cicatrização. Embora possam se desenvolver em qualquer parte do corpo, os queloides são mais comuns em áreas onde a pele está sujeita a maior tensão.

“Não ter a cicatrização queloidiana em uma cesárea, por exemplo, não é garantia de que não haverá queloide no futuro, pois a cicatriz da cesárea é livre de tensão, ao contrário de uma cirurgia de mama ou de uma abdominoplastia, que são cicatrizes com tensão”, esclarece o especialista.

Prevenção e cuidados

A prevenção de queloides pode ser desafiadora, pois existe forte predisposição genética em sua formação. Ainda assim, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolver o problema.

No caso de pessoas já cientes de sua predisposição ao desenvolvimento de queloides, é recomendado evitar lesões, sempre que possível, como a realização de piercings ou tatuagens. Em caso de feridas ou procedimentos cirúrgicos, seguem algumas recomendações do Dr. Haryson:

Higiene: Trate as feridas de maneira adequada, mantendo-as limpas e protegidas. Evite coçar ou cutucar feridas

Proteção: Proteja a pele de raios ultravioleta com o uso de protetor solar, pois a exposição excessiva ao sol pode aumentar o risco de queloides

Atenção: Ao perceber sinais de formação de queloides, como aumento da espessura da cicatriz, consulte um médico imediatamente. O tratamento precoce pode ajudar a minimizar o crescimento do tecido cicatricial.

Orientação: Após procedimentos cirúrgicos, siga corretamente as instruções do médico, especialmente com relação ao repouso e cuidados com a área cirúrgica, minimizando o risco de cicatrizes anormais.

Betaterapia e outras medidas de prevenção

Conforme o médico, há uma medida indicada especialmente nos casos em que já se sabe da predisposição para o desenvolvimento de queloides. Trata-se da betaterapia, uma radiação aplicada em plaquinhas sobre a cicatriz, idealmente realizada até o terceiro dia após a cirurgia, para pegar o tratamento com a circulação logo no início, explica Haryson.

A radiação beta inibe o crescimento de células, incluindo aquelas responsáveis pelo excesso de formação de tecido cicatricial, ajudando a reduzir a proliferação anormal e promovendo uma cicatrização mais controlada. Também reduz a inflamação, contribuindo para a minimização da formação de cicatrizes indesejadas.

Por fim, em algumas situações, a betaterapia pode estimular a regeneração celular, promovendo a substituição de células danificadas por células saudáveis.

Vale destacar que a betaterapia é um procedimento especializado, que deve ser realizado por profissionais de saúde capacitados e somente com indicação médica. O seu uso para a cicatrização pode depender do tipo de lesão, condição médica e das características específicas do paciente.

“Infelizmente a betaterapia ainda é um procedimento caro e muitas vezes fica inviabilizado. Se não for possível, outros cuidados podem ser tomados e deve haver o acompanhamento para que a cicatrização evolua de maneira favorável”, alerta o Dr. Haryson.

Confira as outras medidas preventivas apontadas pelo Dr. Haryson:

  • Fita de silicone;
  • Curativo em X;
  • Cremes, pomadas, géis;
  • Curativos oclusivos com corticoide.

Em caso de dúvidas, converse com o seu médico.

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