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Seletividade alimentar pode estar associada a autismo e outros transtornos

Crianças que apresentam seletividade alimentar se recusam a comer determinados alimentos, sintoma associado ao autismo e transtorno sensorial

Seletividade alimentar pode estar associada a autismo e outros transtornos
Seletividade alimentar pode estar associada a autismo e outros transtornos - Foto: Shutterstock

Segundo a ONU, a previsão é de que existam mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos (CDC) estima que, em 2020, 1 em 36 crianças com 8 anos de idade no país estivesse dentro do Espectro Autista, indicando um aumento de 22% comparado aos anos anteriores. No Brasil, estima-se que esse número possa chegar a 2 milhões de pessoas. 

Algumas características que podem levar ao diagnóstico estão presentes no comportamento da criança, que apresenta os sintomas logo na infância. Entre elas estão o comprometimento no engajamento e interações sociais, dificuldade na comunicação verbal e não verbal, e um padrão restrito, repetitivo e estereotipado de comportamentos e interesses. A seletividade alimentar também pode estar presente, gerando uma enorme preocupação para as famílias dessas crianças.

O que é a seletividade alimentar?

No geral, as crianças com seletividade alimentar podem apresentar fortes preferências e uma variedade limitada de alimentos em seu cardápio. Se recusam a comer os mesmos alimentos que a família, o que faz com que os pais geralmente façam preparações especiais para eles.

Em crianças dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a seletividade pode ser extrema e um sinal para um Distúrbio Alimentar Pediátrico. “Nesses casos o comportamento alimentar tende a se caracterizar por extrema aversão/recusa alimentar ou preferências por certos tipos de alimentos de acordo com seu cheiro, textura, cor e sabor. Podem ainda apresentar déficits nutricionais, dificuldades para mastigar e até algum comprometimento gastrointestinal”, explica a fonoaudióloga Dra. Patrícia Junqueira, fundadora e diretora do Instituto de Desenvolvimento Infantil.

Ela é também especialista em avaliação e reabilitação de bebês e crianças com dificuldades alimentares e afirma que todas essas características impactam e dificultam o aprendizado alimentar, tornando  a refeição um momento de estresse para toda a família. 

Segundo a também fonoaudióloga Carla Deliberato, especializada em pacientes com dificuldades alimentares, o quadro é bastante frequente — inclusive entre pacientes fora do TEA (Transtorno do Espectro Autista). 

“Eu recebo em meu consultório muitos pacientes com seletividade alimentar  ‘extrema’. Essa dificuldade se classifica como um distúrbio alimentar pediátrico, conforme consta na Resolução No 659 do Conselho Federal de Fonoaudiologia publicada em 30/03/2022”, aponta.

Outros transtornos associados à seletividade alimentar

Além das crianças com autismo, aquelas que sofrem de outros tipos de transtornos também podem apresentar seletividade alimentar. É o caso, por exemplo, de Bless Ewbank, filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. Ele sofre de Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), condição neurofisiológica que se caracteriza por distúrbios na capacidade de processamento e integração de estímulos.

Carla relata atender muitos casos de distúrbio alimentar pediátrico (DAP) associado ao quadro de TPS. Ela alerta que o diagnóstico de transtorno sensorial sempre deve ser feito pelo terapeuta ocupacional especialista em integração sensorial.

Segundo a especialista, o transtorno pode causar desconforto oral nas crianças quando elas se alimentam com texturas que não são agradáveis em sua boca. Comer um purê de batatas, por exemplo, pode ser extremamente aversivo e desconfortável. Isso porque esse tipo de alimento pode ser sentido como algo mole e pegajoso na boca de uma criança com transtorno sensorial.

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